Estamos imersos no sistema
comandado pela lógica do capital, no qual o mantra “Time is money” é ecoado
frequentemente .Quando a prática é o consumo,todos somos levados a exercê-la de
forma servil , visto que o importante é o enriquecimento de alguns, os quais
são privilegiados por tal sistemática.Assim,surgem as diferenças sociais,em que
estes privilegiados enriquecem e outros tantos sustentam tal riqueza sem dela usufruir.
Assim, essa maioria desafortunada
é segregada para a periferia,onde,não raro, tornam-se invisíveis sociais que
apenas servem como trabalhadores obedientes e consumidores servis.Recentemente,
surgiram movimentos sociais como os “rolezinhos”,os quais servem como um grito
dessa classe tão marginalizada,que clama: “EU EXISTO!”.
Reunidos ,na maioria das vezes,
em shoppings, o “rolezinho” mostra que essa classe esquecida pode ter acesso as
marcas e a produtos de alta tecnologia que até então eram monopolizados pelos dominadores.Logo,os
trabalhadores saíram dos balcões e hoje podem ocupar o mesmo espaço de seus patrões.
Tal desobediência é considerada
um ato contra a propriedade,o livre exercício da profissão, a segurança pública
e da manutenção da ordem,essa tão
propagada pelos positivistas como essencial para se obter o progresso.A fim de
manter a ordem e acabar com essa desobediência surgem juristas como Alberto
Gibin Villela,que condena a prática do “rolezinho” impondo a esse ato rigorosas
sanções, mesmo reconhecendo que uma minoria contida nessa manifestação é capaz
de atos ilícitos.
Deve-se reconhecer o “rolezinho”
como um fenômeno social legítimo,o qual serve para mostrar que a manutenção da
ordem vigente faz com que surjam invisíveis sociais que almejam por maior
visibilidade e igualdade social. O “eu existo!” ecoado nos “rolezinhos” não é
pior que o “Time is money” imposto em nossas mentes pela lógica do capital, ele
é apenas uma consequência que clama por maior igualdade.
Gabriela Losnak Benedicto-1º ano Direito Noturno
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