Alegando a defesa da propriedade privada e do direito de ir e vir dos consumidores, as proibições ferem na verdade o direito à liberdade de expressão e o direito de ir e vir dos pertencentes ao movimento, que não têm nenhuma intenção de violar a propriedade, tendo apenas a intenção de se reunir e consumir. Infelizmente, alguns oportunistas usam da situação para atos de vandalismo e saques, mas não é correto proibir o movimento por causa destas pessoas, cabe às autoridades apenas a mobilização de efetivo policial suficiente para garantir a segurança dos manifestantes e reprimir os delitos. Só isso.
Tudo isso me parece, na verdade, uma especie de apartheid econômico, onde os ricos, habituais frequentadores de shoppings, querem se segregar das classes com menos renda, impedindo-as de frequentar o mesmo ambiente de lazer. E é muito triste ver juízes, os defensores das leis e da justiça, legitimarem esse tipo de atitude.
Vinicius Bottaro
1° Ano Direito (Noturno)
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