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domingo, 29 de abril de 2012

“Ao vencedor, as batatas." ^1

As fabricas vomitam fumaça, 
o que nos cercava já entrou para o desconhecido, 
a sociedade mudou, é preciso “Comte-la”. 

  É da premissa capitalista e cientificista , despontada no século XIX, que Comte fundamenta seu instrumento de contenção de massas vultuosas, primando pelo concreto e constatável. 
  A teoria positivista, prepotente e eurocêntrica desde nascitura, condena-se pelo fatalismo teleológico, supor um processo evolutivo rígido e cimentado , desconsiderando a variabilidade da ciência social é limitar-se as pretensões organicistas. 
  Antes de tudo, o corpo social não o é biologicamente por assim designá-lo. As partes do mesmo não o destruiriam se passassem a executar outros processos, senão aqueles que já executavam, não estando fadadas ao determinismo intransponível da sociedade industrial europeia seguida da sociedade informacional Ianque. 
  A metafisica é uma constante naturalmente humana, não uma fase a ser progredida até o viril estado da racionalidade. Ser humano não configura um sinônimo de ser razão, mas sim uma miscelânea de facções intelectuais, sejam elas empíricas ou não. 
  Segundo positivistas necessitamos de ordem para alcançar o tal louvado progresso, e para nós, “vencedores progressistas”, as batatas. 


 Nota: 
 1 Assis, Machado. Quincas Borba

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