Segundo
Augusto Comte, “o pensamento positivista poderia garantir a organização
racional da sociedade”. Após abandonar os métodos teológicos e metafísicos do
pensamento humano, o positivismo iria atender as necessidades de estabilidade,
através do conhecimento social científico como base para reformas de ordem
progressista.
O destaque
da grande influencia positivista na educação é a ascensão das ciências exatas.
De acordo com o Positivismo, a união entre técnica e teoria iria garantir a
superação da fragilidade fisiológica do homem. Sendo assim, a aplicação de
conceitos prontos como foi feito no auge da prática positivista na educação no
Brasil, a ditadura militar, construiu uma educação segmentada, na qual
‘aprender’ era simplesmente absorver todas as informações de forma mecânica,
dando um caráter fragmentário ao saber cientifico. O desenvolvimento crítico da
população não possuiu espaço e, com isso, os valores culturais, as condições
históricas e as diferentes condutas humanas eram ignoradas ao se tratar de
ciências sociais.
Em relação
à formação humana, Comte baseou-se em um forte poder de moralização, inserção
no trabalho e estabelecimento de regras para convivência social. Apresentou,
portanto, a educação como rompimento do isolamento da ciência, alicerce da
reorganização e intervenção social. Educar a população seria imprescindível
para garantir a “ordem e o progresso”, ideais positivistas que permeiam o
sistema educacional brasileiro até os dias atuais.
Os métodos
positivistas não devem ser extintos e nem poderiam, pois caracterizam uma visão
prática acerca dos sistemas educacionais. Entretanto, um remodelamento das
formas de ensinar com a introdução de princípios sociais e voltados para os
direitos humanos é a possibilidade de capacitar a população diante da nova
realidade mundial.
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