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domingo, 29 de abril de 2012

fazendo uso do positivismo


                Augusto Comte ao explicitar sua obra “Curso de Filosofia Positiva” procura mostrar que não possui pretensões de que aquela seja uma opinião definitiva, pelo menos não naquele momento, e sim uma forma de conceber as generalidades. Fica evidente ao lermos Comte que ele teve como precursores René Descartes e Francis Bacon exatamente pelo teor de sua obra que sempre busca utilidade para o conhecimento obtido.
                Sabemos que, de certa forma, tal linha de raciocínio foi de grande importância para o desenvolvimento em geral uma vez que sempre buscou a utilidade para o que se conhecia, no entanto, devemos nos perguntar se essa filosofia continua viável e se sim, até quando e qual seriam seus prejuízos uma vez que se por um lado tivemos grandes avanços nas ciências, tivemos também grande negligência quanto a sociedade e acabamos criando uma individualidade tão exacerbada que por vezes pode ser mostrar irreversível.
                Na busca pelo “meu” e por utilidades para tudo e todos, nosso egoísmo e nossa indiferença alcançaram níveis inimagináveis e o ser humano se tornou algo descartável.
Talvez seja a hora de mudar o que nos foi imposto, talvez seja a hora de mudar a sociedade, talvez seja hora de mudar nós mesmos, talvez, talvez, talvez... O fato é que enquanto tais idéias não passarem de idéias, o atual sistema cada vez mais se firma em seus moldes e o povo acaba por se acomodar e a mudança,especialmente na dimensão que se torna necessária, acaba por ser considerada impossível.
                Então talvez devêssemos vestir a camisa positivista que nos é dada ao nascermos e procurar uma utilidade para nossas idéias, de modo a colocá-las em prática, para que então possamos fazer algo pelo simples prazer de fazê-lo e não pelo fim que essa ação possa ter.

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