Auguste Comte, um sistemático francês do século XIX e genitor de uma filosofia que ficou famosa não apenas por ser, em parte, inovadora, mas também pelo grande número de adeptos e críticos que produziu: o Positivismo. Dentre os influenciados por essa corrente filosófica pode-se citar as Forças Armadas brasileiras e também a nossa própria bandeira nacional por conter a frase positivista "Ordem e Progresso". Na obra "Curso de filosofia positiva", o filósofo apresentou suas ideias centrais acerca do tema, dentre os quais vale ressaltar a concepção mecanicista e solidária que ele tem da sociedade humana. Por outras palavras, analogamente a uma máquina, cada indivíduo seria uma espécie de engrenagem com determinada função, e as demais engrenagens agiriam ordenadamente com essa última, ou seja, todas as engrenagens seriam interdependentes. Disso conclui-se que se alguma dessas peças parar de funcionar, a máquina quebraria, ou, saindo da analogia, a sociedade entraria em colapso. A palavra "Ordem" da famosa frase de Comte parte desse raciocínio: que todos cumpram seus papéis dentro da sociedade que vive, do açougueiro ao professor de matemática.
Já a palavra "Progresso" significa para Comte uma evolução disciplinada da humanidade, sem revoluções e transformações bruscas. Ora, lembram-se das Forças Armadas nacionais, as quais tinham um caráter totalmente positivo? E do processo revolucionário de ascensão da república dirigido por elas? Percebeu algo estranho? Sim, sim. O Exército da época deixou de respeitar um dos conceitos principais do lema que posteriormente transportariam para a nossa bandeira nacional: o progresso positivista.
Além disso, Comte preconizava que a solidariedade seria um ato natural do homem e que as escolas seriam os agentes encarregados de aflorar e promover-la. Ora, seria muito interessante se tal ideia positivista se firmasse em todas as instituições de ensino nacionais, e não permanecesse apenas o simples escrito "Ordem e Progresso" como registro positivista nacional.
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