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domingo, 14 de agosto de 2011

Integrados? Acho que não!!!

Max Weber expõe na obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” que a criação e afirnação do Capitalismo deve-se a forma como novas religiões tratavam esse recém criado movimento econômico e lidavam com a fé e com o materialismo. Tais religiões derivavam do Protestantismo e firmavam suas teses no lucro e no bem estar social e do corpo material. Dessa forma, inicio minha crítica expondo de maneira rápida o assunto. Weber diz que a racionalização do homem alterou sua visão no âmbito religioso e por isso a melhor aceitação a acumulação do dinheiro e que aqueles, do Ocidente, que se arraigaram às questões protestantes “comiam bem” ao invés de “dormirem sossegados”.

Essas são visões puramente científicas ao meu ver, de modo que não concordo com a maioria das pregações do autor. Posso, por vez, ter minhas ideias levadas pela religião Católica, a qual fui criada, mas penso que não há exceções entre nós.

Católicos preferem a pobreza e o reino dos céus, enquanto os Protestantes preferem suas moedas e fartura terrena? Creio que não. Misturar religião e economia pra quê? São coisas extremas e que não são dependentes uma da outra. Sou católica, defendo o capitalismo e nem por isso conflituo os dois na minha vida. Não faço voto de pobreza, não me abstenho de bens materiais, mas ajudo minha comunidade da maneira que posso. Acredito naquilo que me fortalece, não misturo racionalismo com fé. Meu Deus é real pra mim e vive no meu consciente e inconsciente, independente daquilo que outros pregam e combatem. Independente, principalmente, se sigo ideais capitalistas ou comunistas.

Além disso, muitas pessoas que seguem religiões de bases protestantes, posso afirmar de maneira convicta, não pregam somente o lucro ou a acumulação de bens materiais. São pessoas religiosas, que creem fielmente naquilo que independe da razão.
Acredito que aqueles que pretendem acumular mais e mais ou procuram riqueza na frugalidade da vida são a hiprocrisia do mundo... “Sou ateu, graças a Deus”.

Talvez eu possa estar errada em algumas partes ou então ser interpretada como “quem é você pra combater Weber?”. Mas minha “ira” se baseia naquilo que pregam mediante pesquisas que não se encaixam com o objeto estudado. Religião e racionalismo são antagônicos. Posso respeitar as opiniões alheias sobre o Catolicismo ou o Protestantismo, mas generalizar seus seguidores e caracterizá-los de acordo com o sistema econômico são maneiras desprezíveis de opinar sobre o assunto.

Podemos ser a favor de qualquer sistema econômico e pregar e seguir qualquer religião... Ser Protestante não significa ser ganancioso. Da mesma forma que ser Católico não significa ser beato.

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