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domingo, 14 de agosto de 2011

O protestante prefere comer bem e o católico dormir sossegado

Para Weber o processo civilizatório não surge meramente da troca ou do surgimento da burguesia como classe hegemônica, mas muitos outros fatores estão associados à evolução da sociedade. Daí a crítica ao materialismo histórico que, da mesma forma que uma religião, tenta explicar tudo somente de um fator: o capital, a economia.Para Weber a reforma protestante é importante para o surgimento do capitalismo pois ao contrário de preconizar uma libertação dos homens e mulheres, as 95 teses pregadas (literalmente) por Lutero, buscavam a moralização da vida e do Clero e não a sua secessão. O que incomodava Lutero era que os preceitos deixados por Jesus sequer eram seguidos pelo Clero. Virtude e eficiência na ética protestante é acumular mais, economizar. Na cultura americana, o espírito do capitalismo é o “american way of life”: acumular.A reforma tornou-se importante pois começa à defender de forma criteriosa que alguns dos preceitos ali defendidos seriam a base da vida cotidiana e concreta. Alguns desses preceitos dizem respeito não necessariamente à economia, mas que acabam transbordando para estes como uma ética de vida. Weber diz que para os católicos o capitalismo não frutificou de forma mais generosa porque os católicos estavam mais apegados não à conduta da vida e sim ao futuro. Até pela doutrina católica e protestante nota-se tal diferença: o catolicismo prega a salvação como fruto da gratuidade divina e o protestante como prêmio pelas obras na Terra.Evidencia-se, portanto, a importância da aplicação de uma ideologia relacionada à fé no desenvolvimento da economia e na forma que se adota para viver. A fé que é um valor intrínseco, muda a forma de um grupo agir, acaba por se "materializar" e influenciar na economia.


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