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domingo, 19 de junho de 2011

Burguesia: Ascensão e “Queda”

Ao analisarmos a obra “O Manifesto Comunista”, de Marx e Engels, percebemos, notoriamente, a ideia dos citados autores sobre a constância da luta de classes ao longo da história, sendo tal luta caracterizada pela oposição entre oprimidos e opressores. No final dessa “disputa” de classes, para os autores em questão, sempre ocorreria uma transformação revolucionária da sociedade ou a ruína das classes em conflito. A sociedade burguesa, para Marx e Engels, foi um instrumento intensificador dos conflitos sociais.

Antes do surgimento da burguesia, a produção medieval se baseava nas corporações. Com o passar do tempo e com um maior desenvolvimento econômico, tais corporações foram substituídas por manufaturas. Estas acabaram sendo suplantadas pelas indústrias, graças à cristalização do capitalismo e à consolidação da burguesia. No decorrer do tempo, houve um aumento do processo industrial, o que associado à ambição burguesa crescente, fez surgir a necessidade de novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores. Veio, então, a Expansão Marítima e o mundo se abriu para o capitalismo, até então, europeu.

Com tantas mudanças econômicas, era natural que alterações sociais e políticas também se processassem. A burguesia, como centro econômico, passava a ser também o centro político. Era tal classe que controlava o Estado Representativo daquele momento. Com tanto poder político, vinha também um poder demasiado de controle sobre a sociedade. E tal controle consistia na exploração: esta, que, na Idade Média, era velada e encoberta pela religião, passava a ser direta, “escancarada” e rigorosa.

Enfim, a burguesia era a “dona” de tudo e de todos. Ela era o centro político, econômico e social da época e deixava para o resto da sociedade somente "migalhas".

Retirado de: Disponível em:<http://correntes.blogs.sapo.pt/886190.html?view=2547374>. Acesso em: 19 jun. 2011.

Mas, esta mesma burguesia, que era a controladora do mundo, "buscou seu fim". A superprodução que ela trouxe, o excessivo consumo, a demasiada produção, a enorme quantidade de riquezas não conseguiam ser absorvidos pela sociedade. Além do mais, para produzir tanto, tal burguesia “precisou fortalecer” o proletariado: mais operários eram necessários e, com o aumento de número, estes também intensificavam sua “força de pressão”. Os salários eram reduzidos cada dia mais, a jornada de trabalho só aumentava, as condições de trabalho eram insalubres, a vida era miserável. Marx e Engels acreditavam que a burguesia “aquecia uma panela de pressão” e que esta estava prestes a estourar, refletindo-se em uma revolução do proletariado, uma revolução que marcaria a derrocada burguesa.

Retirado de: Disponível em : <http://henriquembranco.blogspot.com/2011/05/01-de-maio-dia-da-luta-da-classe.html>. Acesso em: 19 jun. 2011.

E diante dessa análise, seria possível percebermos a importância das ideias de Marx e Engels para a sociedade atual. Embora não concordemos, muitas vezes, com suas ideias acerca da revolução do proletariado; embora não tenhamos tanta certeza, em geral, acerca da luta entre a burguesia e os operários por eles defendida, ainda sim vivemos em uma sociedade desigual. E essa desigualdade, que Marx e Engels declaravam como existente, deve ser vista como um problema a ser resolvido, por exemplo, em nosso Sistema Judiciário.

Retirado de: Disponível em:<http://noleto16.blogspot.com/2010_10_01_archive.html >. Acesso em: 19 jun. 2011.

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