Sua opinião sobre os socialismos utópicos é a de que são ideias "vindas de cima", devido a uma incapacidade do proletariado de realmente criarem algo por si próprios. Daí entraria o materialismo dialético, sobre o qual Engels também irá tratar nessa obra, como um "despertar" para a classe trabalhadora. Ele conclui sua análise dos "utópicos", dizendo que para estes, o socialismo seria uma verdade a ser revelada por homens especiais, restando ao acaso determinar quando essa verdade absoluta viria a tona. O socialismo deve ser situado na realidade, e os objetos não devem ser fragmentados: A análise correta é a que enxerga o processo como um todo.
Há um grande enfoque para a dialética na história humana. Engels se identifica com Hegel nesse aspecto, dizendo que Hegel teria conseguido tornar a concepção da história em dialética, porém essa mesma interpretação seria por demais idealista. Ele diz então que qualquer mal, de qualquer época, teria como resposta não ideias, mas sim uma análise da própria história. É aí que entram as chamadas "leis históricas", determinantes para todo o curso histórico da humanidade, cujo significado é buscado pelo materialismo.
O socialismo então, para Engels, não é uma obra do intelecto atual do homem, mas sim um evento incontornável, um momento obrigatório da história humana. É um produto de uma das mais importantes leis históricas: a luta de classes. No contexto de Engels, a burguesia e o proletariado. Ele afirma, porém, que a solução das contradições está na própria estrutura material e produtiva da sociedade. As antíteses inerentes ao capitalismo seriam solucionadas pela própria força produtiva que originou-se do capitalismo.
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