Escrito em conjunto por Marx e Engels, o Manifesto Comunista trata principalmente dos meios de produção e suas fases, as pessoas que a compõem além da luta destas. Para eles, a história das sociedades é altamente influenciada pela luta de classes, pois seria a perspectiva de avanço das contradições que levaria ao rumo de superação do capitalismo.
Esta luta foi aprofundada pela burguesia e pelo próprio capitalismo, síntese de contradições anteriores, mas que nem por isso deixa de carregar grandes contradições em si: para os donos do meio de produção enriquecerem, precisam explorar os trabalhadores. A condição destes já melhorou muito desde as condições insalubres da época da Revolução Industrial inglesa, mas nem por isso é possível deixar de pensar que por trás dessa melhora humanista, há os interesses dos empregadores. Trabalhadores mais saudáveis para não faltarem e não terem seu ritmo de produção diminuído, salário suficiente para manter a si e à família, sem grandes acumulações. E essa questão do salário faz-nos questionar, por exemplo, o aclamado salário mínimo estabelecido com Getúlio Vargas no Brasil.
Exige-se um pagamento mínimo aos trabalhadores - mas isso mesmo, mínimo. Poder de compra limitadíssimo para conseguir moradia, alimentação, lazer, cuidados com saúde. Pensando pelo outro lado, procura evitar quantias ínfimas, pois se alguém não se sujeitasse a trabalhar por um salário X, haveria quem aceitasse, talvez até por menor valor; pois qualquer valor é bem vindo perante a insegurança de não conseguir se manter.
Para a situação diante de um salário irrisório e a situação real dessa baixa quantia fossem realmente alteradas, necessitar-se-ia a homogeneização da massa trabalhadora defendendo sua posição sem que nenhum representante cedesse à causa.
São esses trabalhadores os sustentadores do mercado com a possibilidade de aquisição. Contudo, todas essas novas tecnologias trazem à reflexão de quão essencial elas são. A praticidade é inegável, porém, a vontade de novos e melhores equipamentos seria realmente importante? Para nós, muito provavelmente não. Para os proprietários das fábricas, sim. Investimento na produção para avanços, propaganda de novidades indispensáveis. Fazem tanto a nossa cabeça que somos capazes de trocar produtos em pleno funcionamento por outro mais novo, seja pela eficiência, maior agrupamento de utilidades ou simplesmente para promoção social, por que não dizer, já que traz status ter o último modelo e mostrar os defasados podem ser até constrangedores dependendo do poder de convencimento do público alvo.
E nisso os empreendedores conseguem se superar: mesmo com o sucesso de algum lançamento, já estar pensando em outro que conquistará ainda mais clientes. Nunca estão contentes com o que existe, procuram sempre como inovar e nos cativar, impondo-nos consumismo incessante.
"Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more,gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia,vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor"
Pitty - Admirável Chip Novo
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