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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ser diferente dentre iguais

“É fato social toda a maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior.”

Durkheim afirma que a sociedade se sobrepõe ao indivíduo e que fato social é o agir do homem em sociedade de acordo com as regras sociais, é uma coerção da sociedade sobre o indivíduo, e dessa forma o coletivo imprime sobre ele uma força, um modo de ação.

Os códigos de leis, as modas, os gostos, entre outras coisas, são bons exemplos a respeito da estrutura da sociedade sobre o indivíduo, e a resistência dele a essas coisas é seguida por reações punitivas para tentar “restabelecer” a norma social. Pode-se dizer que até a religião, como necessidade de vinculação espiritual, é algo imposto pela sociedade.

Então, para se analisar a sociedade como ciência, o cientista social deve observar externamente os fatos, com um certo distanciamento dos mesmos, porque os sentimentos interiores afetam o exame científico dos fenômenos sociais. Desde Bacon, a ideia de que pré-noções obstaculizam a busca pela verdade científica já vinha sendo discutida e Durkheim reafirma essa ideia. Deve-se separar o indivíduo de suas paixões para a análise social.

Dessa maneira, precisamos refletir até que ponto somos nós mesmos e vivemos as nossas próprias vontades, e não aquelas que são impostas de forma natural e implícita pela sociedade? Muitas vezes não percebemos que vivemos o que nos é indicado para viver e do modo que deve ser vivido. É válida a tentativa de viver por nós mesmos, de separarmos os nossos próprios pensamentos daqueles que nos são influenciados pela sociedade através da mídia e da tecnologia, por exemplo.

Precisamos viver de maneira única, cada um com a sua individualidade no contexto da diversidade, e não simplesmente nos deixarmos ser definidos pela predisposição social.

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