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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tentáculos Invisíveis


Émille Durkheim, francês nascido em 1858, é um sociólogo que coloca como aparato central de seus estudos sociológicos o fato social em sua obra “As Regras do Método”. Para Durkheim, fato social seria uma forma de "manipulação" externa do indivíduo em seu meio social, como algo que exista independentemente do que ele venha a escolher e, mesmo assim, figura como um fio condutor caracterizado pelo conjunto de fatos sociais pressupostos.

Exercendo uma força coercitiva sobre o indivíduo, convencionando um meio social a coagi-lo, o fato social se considera como um agente modelador do ser humano, uma vez que direta ou indiretamente nos trás esse resultado baseado na coletividade e não no interior do homem. Como afirma Durkheim: “Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais.”.
Assim, temos o fato social presente em atitudes cotidianas como em hábitos higiênicos, na moda e até mesmo na evolução tecnológica imposta a toda uma sociedade que se camufla cada vez mais no meio capitalista. Dessa maneira, uma população global se vê agindo tendo em vista a satisfação interna e consequentemente produzindo um efeito externo, uma vez que fortalece as forças de coerção “impostas” a outros.
Ao expor o fato social e deixar as claras seus tentáculos sobre a sociedade, Durkheim nos faz perceber o quão somos meras peças de uma engrenagem que devem seguir seus papéis para que esta continue a girar. O ser social somente importa para que se mantenha viva uma sociedade inteira, com suas singularidades, claro, mas com um plural superior e necessário.

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