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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Indivíduo Cosmopolita


Durkheim, em 1895, publica seu estudo “As regras do método sociológico”, no qual disserta sobre os fatos sociais. Estes compreendem tudo o que é coletivo, exterior ao individuo e coercitivo. Uma força que exerce sobre os indivíduos obrigando-os através a se conformarem com os normas sociais, independe da vontade destes por ser intrínseco da sociedade.

Porém, ao mesmo tempo em que o sociólogo determina existência de uma força social incombatível, prevê a limpeza de todas as prenoçoes da mente para que essa mesma força seja analisada cientificamente. No mínimo confuso é esse conceito; ideal, mas impraticável a meu ver.

Se cada homem esta sujeitos ao fato social, então não há como coisificar verdadeiramente objetos de estudo que basicamente são inerentes ao mesmo homem. Desse modo, apenas, suas ideias serão afirmadas. As correntes sociais nos carregam em seu fluxo por mais que tentemos, desastrosamente, lutar contra elas. Numa era tecnológica, em total conexão, cosmopolita, quem ainda luta por sua individualidade vive uma ilusão, acreditando ser fruto de sua própria criação e não reconhecendo que é apenas mais um fruto do que lhe é imposto. E ainda, é nosso desmazelo que mascara a pressão sofrida, usando um exemplo do próprio Durkheim: “não deixa o ar de ser pesado, embora não lhe sintamos mais o peso”

Assim, somos capazes de escolher, no arsenal da sociedade, um conjunto de características que nos tornam singulares, todavia somos incapazes de criar algo original, nossas características agregadas emanam da coletividade, isso é fato! (social)

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