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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sociedade: essência dos fenômenos sociais.

Em "Que é Fato social?", Émile Durkheim procura explicar e defender o verdadeiro positivismo (O pós-positivismo de Émile Durkheim). Neste, Durkheim vai trabalhar com princípios de objetividade bem definidos, e para isso vai propor basicamente dois estilos ou aspectos do positivismo. Primeiro propõe a necessidade de considerar os fatos sociais como coisas (distanciamento do cientista social do objeto), e segundo, afirma que fato social é qualquer maneira de agir, tudo que expressa essa coerção exterior imposta na sociedade para agir segundo uma determinada maneira. Tomando como base esses últimos aspectos, Durkheim faz valer a prevalência da sociedade sobre o indivíduo (compreensão do social sobre o indivíduo), aproximando-se assim das análises positivistas de Augusto Comte.
Prende-se à ideia de que devemos nos prender e analisar as coisas para a ideia (partir do real para as ideias) e não das ideias para as coisas. Durkheim, retomando as ideias de Francis Bacon, também vai se inspirar no afastamento das pré-noções, paixões, desejos e ídolos da mente, considerando esses últimos uma espécie de contaminação da mente e, portanto, das ideias. (transmissão de artificialidade, imaginação). Ao seguir esse afastamento, Durkheim vai propor o impedimento da superioridade das faculdades inferiores, a utilização de análises, estudos para a formulação de argumentos e o princípio de que os objetos sociais não tem natureza diferente dos objetos orgânicos/naturais/físico-químicos. Vai dizer que a tentativa de se ver o fato social como coisa, vem de Comte anteriormente, ainda que considere Comte como metafísico. Para Durkheim, Comte apela para uma noção metafísica ao conceber o progresso como o sentido de toda a vida e ao se distanciar da verdade sociológica (não se debruça sobre os fatos). Segundo o pós-positivismo de Émile Durkheim, as interpretações e métodos para explicar o socialismo, capitalismo, Estado, economia, etc, se assemelham àquelas utilizadas na Idade Média.
Interpreta que a acomodação à regra, nos fazem acreditar que alguns sentimentos são fruto de nossa própria elaboração. A participação em algumas manifestações coletivas nos revelam depois, quando estamos no espaço de nossa intimidade, que certos comportamentos não são propriamente nossos, mas SOCIAIS. As formas de comportamento, mesmo que se expressem no indivíduo, traduzem hábitos forjados na dimensão do coletivo. Manifestações individuais não consistem em um fato social: sua explicação se encerra no domínio do orgânico-psíquico. As pessoas reproduzem um modelo coletivo: estatísticas conseguem revelar como predisposições se materializam em um "estado da alma coletiva" (daí, o entendimento do casamento, nascimento, etc como fatos sociais); Sentimentos e pensamentos comuns não são frutos da soma de percepções gerais, mas de uma dinâmica docial que os orienta e os predispõem. Para Durkheim, a estrutura da sociedade está na essência da explicação dos fenômenos sociais (todos os fenômenos tem uma função: escolha da profissão, cumprimento da lei, casamento..).

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