Os positivistas ainda estão por aí
O positivismo
chegou às forças armadas por influência de Benjamin Constant, professor da
academia militar da praia vermelha, no final do século XIX. E inspirou os
jovens oficialato e então líderes do país com essa nova visão, o que levou a
proclamação da república e dos dois primeiros presidentes militares, diga-se
Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto. Desde então, o ideal
positivista sempre esteve presente nas forças armadas brasileiras.
Não
diferente, esteve presente no país nos momentos em que essas estiveram no
poder. Na ditadura militar de 1964, o exército tomou o poder para supostamente
combater a esquerda, a qual na sua visão implantaria um governo comunista no
Brasil. No entanto, até outras ideologias foram sufocadas para implantarem um
estado tecnocrático.
Os militares
acreditavam que poderiam governar o Brasil, apenas pela propaganda de governo e
pelo sucesso econômico, sem sustentação política. Nesse sentido, a visão positivista
na forma que esses encaravam a economia. Durante este período, houve um grande
aumento da estatização da economia o que determinou o dinamismo da economia.
Porém, veio acompanhado do aumento da divida externa e da inflação que
aconteceu na década de 1980.
No
entanto, estado tecnocrata de inspiração positivista, falhou ao tentar suprimir
a discussão política. Os movimentos de resistência e contra o regime dominaram
o cenário cultural do país. O que acabou decretando a insustentabilidade do
regime e selaram seu destino no final dos anos 70 e inicio dos 80.
A
ditadura de 1964 foi a apoteose dos positivistas no Brasil. Mas difícil afirmar
essa visão esteja em seu fim no Brasil. O governo Bolsonaro, repleto de
militares em todos escalões, têm como seu mote “ Brasil acima de tudo e Deus
acima de Todos”, parece resgatar a ideologia dos militares de 1964. E como foi
observado durante a pandemia, priorizou a economia ao invés de critérios
sanitários e sociais.
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