Direito internacional pode estar em conexão com o que foi praticado com o militarismo da ditadura militar? Sim, visto que o internacionalismo é autoritário, e está diretamente ligado ao instrumento de poder e a grupo de países que querem dominar outros países.
O
direito internacional anda junto com o colonialismo, em uma perspectiva que
existe o civilizado e o não civilizado, nesse caso, o euro centrismo com noção de
civilização no seu auge do imperialismo e colonização, e por outro lado os
dominados, não civilizados, isso pode acarretar na ideia concreta de que o internacionalismo
é autoritário, visto que nesse período, há o encontro do colonial e com a dominação.
A construção
do direito internacional liberal fundamenta a tese de que o direito
internacional tem a ver com o autoritarismo no Brasil. Esse assunto pode ser aprofundado, podendo ser
partido do conceito de “Guerra Revolucionária”.
O
conceito de Guerra Revolucionária surgiu na França, no decorrer da Guerra Fria,
por militares que acreditavam que haveria uma nova alerta de perigo eminente, o
comunismo, tratado como o inimigo que quer conquistar mentes e poder, alterando
a forma de pensar e lutar. O comunismo nesse âmbito, é tratado como mais
ameaçador do que uma guerra tradicional entre dois Estados. Essa linha de
pensamento chega no Brasil por estudiosos e intercambistas, permitindo que um grupo julgue que
alguns devem ter direito e outros não, e que alguns devem ser colonizados e
outros fuzilados, como ocorreu na Ditadura Militar.
Vale
ressaltar que as normas do direito internacional se formam a maioria das vezes
em tempos de guerra, e o encontro do autoritarismo internacional e ditadura
militar ocorre da mesma maneira, a partir de regras e doutrinas instauradas. A
Doutrina de Segurança Nacional, surgiu no começo da república, com o Governo
Vargas, entretanto, foi consolidada na década de 1950.
Dessa
forma, foi formulada antes do regime militar, entretanto, em 1964 a ideia de
segurança nacional foi institucionalizada pelo regime, compreendendo que
medidas destinadas a segurança interna e externa. Trazendo a concepção de que o
Estado com percepção específica de direito internacional garante a segurança e
salvação do país, e para isso se deve manter a ordem como prioridade, e em nome
disso, medidas excepcionais podem ser tomadas, mesmo que isso autorize ao
Estado o uso da força, fazendo o que for preciso para a proteção do regime.
Em suma, nota-se a relação entre o direito internacional, a guerra revolucionária e a ditadura militar no Brasil, ao passo que a primeira influencia no sentido autoritário, sendo de dominação de outros povos ou do próprio povo de um país, como ocorreu aqui.
Isis Schiavom, 1º ano de Direito - noturno
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