O sociólogo pós-positivista Émile Durkheim defende a coisificação dos fatos sociais, ou
seja, eles devem ser vistos apenas na perspectiva da razão e da ciência,
afastando qualquer envolvimento dos sentimentos. Para ele, fatos sociais seriam
“maneiras de agir, de pensar e de sentir,
exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do
qual esses fatos se impõem a ele”. Vendo a sociedade de fora, melhor
seria para destacar seus problemas e saná-los.
Durkheim também
possuía a idéia de que o sistema educacional era um dos pilares em que a
sociedade humana estava fundamentada, pois é necessário que jovens e crianças
conheçam regras e comportamentos para se viver em sociedade. Na verdade,
primeiro as crianças receberiam as regras básicas, como a de respeitar os seus responsáveis
e não agredir ao outro. Contudo, com o passar do tempo, os ensinamentos
progrediriam para o estágio dos questionamentos, ou seja, a razão de se seguir
determinadas regras, o porquê de sua existência e as consequências da sua
inexistência. Vive-se em uma sociedade em que esta segunda parte da educação está
extremamente debilitada. As leis, que também são fatos sociais, são impostas
aos indivíduos. Entretanto, estes muitas vezes são manipulados para não
questionar a ordem vigente, transformando pessoas em máquinas de obedecer
regras, ou seja, em coisa.
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