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domingo, 6 de maio de 2012

A divisão do trabalho social segundo Durkheim


Assim como Augusto Comte, Émile Durkheim apresenta uma análise sociológica voltada para a reificação da sociedade, e a compreensão dos fatos sociais como coisa. Defensor de uma sociologia contrária ao liberalismo e ao egoísmo, Durkheim afirma que a sociedade deve ser analisada a distância, para evitar que reações passionais atrapalhem a análise científica da realidade.
Crítico ao individualismo e ao egoísmo, assim como Comte, Durkheim acredita que a sociedade deva funcionar como um organismo, na qual a ajuda mútua predomina sobre as vontades de cada indivíduo. Tal proposta é certamente um plano idealizado para os dias atuais, onde a falta de altruísmo e o excesso de egocentrismo predominam na população, preocupada cada vez mais consigo mesmo e com os benefícios próprios.
A falta da divisão do trabalho social também é um tema relevante e relacionado à filosofia de Durkheim: hoje muitas pessoas trabalham pesado e não recebem o devido reconhecimento, seja perante a sociedade ou até mesmo nos salários, enquanto grandes empresários e governantes trabalham uma pequena quantidade de tempo para receber salários enormes, que aumentam a cada ano, enquanto o salário mínimo fica estagnado em uma quantia insuficiente. Tal situação não é compatível com a sociologia de Durkheim, que acredita em ajuda mútua para manter o organismo social em perfeito funcionamento.
Dessa forma, a sociedade perfeita segundo essa sociologia é aquela voltada para o bem comum, na qual cada cidadão age de acordo com o que é melhor para a comunidade e não para si mesmo. Essa sociedade utópica, certamente não será alcançada nos dias de hoje, onde o sistema capitalista impregna cada vez mais o egoísmo e o egocentrismo na população, fazendo com o que os lucros pessoais predominem sobre a comunidade. 

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