Assim como Augusto Comte, Émile Durkheim
apresenta uma análise sociológica voltada para a reificação da sociedade, e a
compreensão dos fatos sociais como coisa. Defensor de uma sociologia contrária
ao liberalismo e ao egoísmo, Durkheim afirma que a sociedade deve ser analisada
a distância, para evitar que reações passionais atrapalhem a análise científica
da realidade.
Crítico ao individualismo e ao
egoísmo, assim como Comte, Durkheim acredita que a sociedade deva funcionar
como um organismo, na qual a ajuda mútua predomina sobre as vontades de cada
indivíduo. Tal proposta é certamente um plano idealizado para os dias atuais,
onde a falta de altruísmo e o excesso de egocentrismo predominam na população,
preocupada cada vez mais consigo mesmo e com os benefícios próprios.
A falta da divisão do trabalho
social também é um tema relevante e relacionado à filosofia de Durkheim: hoje
muitas pessoas trabalham pesado e não recebem o devido reconhecimento, seja perante
a sociedade ou até mesmo nos salários, enquanto grandes empresários e
governantes trabalham uma pequena quantidade de tempo para receber salários
enormes, que aumentam a cada ano, enquanto o salário mínimo fica estagnado em
uma quantia insuficiente. Tal situação não é compatível com a sociologia de
Durkheim, que acredita em ajuda mútua para manter o organismo social em
perfeito funcionamento.
Dessa forma, a sociedade perfeita
segundo essa sociologia é aquela voltada para o bem comum, na qual cada cidadão
age de acordo com o que é melhor para a comunidade e não para si mesmo. Essa
sociedade utópica, certamente não será alcançada nos dias de hoje, onde o
sistema capitalista impregna cada vez mais o egoísmo e o egocentrismo na população,
fazendo com o que os lucros pessoais predominem sobre a comunidade.
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