Durkheim, sociólogo pós-positivista, defende a
coisificação do fato social. Isso significa avaliar, observar o fato social sem
se envolver, se afastar, não dar preponderância aos sentimentos, e sim à
ciência e à razão.
O raciocínio do afastamento parece muito coerente
quando se considera a importância da imparcialidade e do equilíbrio em um
julgamento na área do Direito ou em uma solução de conflitos, porém não são só
os fatos puros e secos que devem ser considerados em um julgamento; os
sentimentos, a questão psicológica e as causas pessoais precisam ter seus
pesos.
Valorizar a carga emotiva, e muitas vezes colocar-se
no lugar do envolvido, não significa ignorar os fatos, nem significa
absolvição: significa conseguir avaliar o caso perante todas as suas
circunstâncias e julgar conforme o perfil humano, e não como o perfil de coisa.
Humanos e fatos sociais também são norteados por
sentimentos e instabilidades, portanto tanto os julgamentos quanto os estudos
devem investigar as faculdades emotivas a fundo, para que não haja uma
coisificação dos fatos sociais e nem uma maquinização dos julgamentos.
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