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domingo, 1 de maio de 2011

A interferência do método científico natural no campo da ciência social

O positivismo de Auguste Comte simboliza para muitos a "revolução industrial" da filosofia, mecanizando a ciência através da aplicação dos métodos das ciências naturais nas ciências humanas e sociais. No entanto, há a possibilidade do positivismo não simbolizar de fato uma evolução mas sim uma simples interferência das ciências naturais no campo da filosofia.
De fato, em seu momento de criação, o positivismo representou a utilização de um conjunto de circunspecções validas, por sua eficiência, para a indústria, o comércio, a física, a matemática e a química no âmbito das ciências sociais ... a expectativa de que algo excelente numa esfera possa funcionar perfeitamente em esfera alheia permeava as mentes do século XIX, porem Comte não leva em conta o fator humano inserido nas ciências sociais, que por vezes gera uma inaplicabilidade do método de observação positivista.
Para um cientista social, não basta apenas observar o fenômeno mas também teorizar filosoficamente sobre o mesmo e levar em consideração de que um fenômeno social ocorrido pode jamais se repetir da mesma maneira e mesmo que se repita, terá consequências de veras variadas.
Por tanto, em vista das elucidações apresentadas, fica clara a insensibilidade do positivismo no meio social, apesar de sua contribuição nos campos da ciência natural e na quebra do idealismo dos séculos antecessores.

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