Auguste Comte, em sua filosofia positiva, tenta analisar o universo social como qualquer ciência natural, buscando entendê-la para explicar as transformações sociais e propor mudanças, valendo-se para isso, entre outras coisas, do racionalismo e empirismo baconiano, além do paradigma newtoniano da gravidade.
No positivismo, há duas propriedades fundamentais, que são a estática e a dinâmica. A estática representa as condições básicas das instituições de que a sociedade depende para manter a ordem, já a dinâmica representa a capacidade que a sociedade tem de evoluir. Assim sendo, são princípios interdependentes, pois é impossível progredir no caos.
Para Comte as instituições de sua época são transitórias, pois há um retrocesso devido a Igreja e certa anarquia devido a influencia da filosofia metafísica, por isso ele também não se vale dos ideais iluministas. Dessa forma, estado positivo é o ultimo estágio da construção do conhecimento, pois já superou a interpretação metafísica e teológica, para uma interpretação puramente humana.
Há também a proposta da reforma das mentalidades, que consiste em criar uma nova moral humana, na qual cada indivíduo se resigne no seu papel social, e siga as duas ordens de inteligência, que são os empreendedores e os operadores diretos. Para tal, ele propõe que a instrução pública positiva se estenda aos proletários, para os ensinar o conhecimento prático.
A idéia de solidariedade tem lugar central na organização positivista, pois o bem público depende de que cada pessoa aceite seu papel na sociedade, portanto a felicidade coletiva se sobrepõe ao parâmetro pessoal de felicidade.
Assim, embora muito criticado, o positivismo teve papel fundamento na evolução do pensamento humano, deixando marcas profundas em nossa sociedade que nos influenciam até os dias de hoje.
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