O Positivismo surge na primeira metade do século XIX, no contexto da universalização do sistema capitalista e suas classes sociais antagônicas, no qual o mercado dita valores, preços, até mesmo nossa vida cotidiana... Observando essa realidade Comte irá nos propor uma ciência da sociedade, capaz de servir de arma na luta contra as mazelas sociais.
Para Comte a humanidade carece de instrumentos teóricos que contribuam para sua própria interpretação, entendimento e deselvolvimento. O Estado Positivo aparece então como o mais avançado estágio da construção do conhecimento, capaz de analisar esta nova realidade. Há, no entanto, outros dois estágios anteriores ao Positivo, são eles: Teológico e Metafísico. O primeiro atribui a Deus as explicações, causas e consequências de todos os fênomenos da vida humana, já o segundo atribui a Natureza todos estes acontecimentos. Ambos foram necessários ao amadurecimento das diversas formas de explicação sobre o mundo.
A filosofia Positiva parte da experimentação, da análise daquilo que é real e concreto, propõe o estabelecimento de "leis lógicas", embasadas na história, na observação dos fatos, a exemplo das leis naturais de Newton(Física Social). Verifica-se a necessidade de normas permanentes que objetivem manter a ordem, o equilíbrio social como também o aprimoramento da educação como forma de esclarecimento, a fim de romper com o isolmento das ciências.
O Positivismo de Comte diz que a Ciência deve tomar para si a responsabilidade de discutir o real ,logo é antiliberal e antisocialista. Propõe a integração de todas as demais ciências para a construção da "solidariedade" ao deparar-se com o todo, adequando-se e contentando-se com a função social estabelecida, através sobretudo da educação. Portanto, filósofo do progresso Comte é também filósofo da ordem, o que faz da leitura e estudo de sua obra se tornem ainda mais interessante.
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