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sábado, 1 de abril de 2023

O perigo do positivismo no Brasil contemporâneo

 

O positivismo, corrente criada por Auguste Comte no século XIX, é um movimento sociológico que estuda as ligações humanas sob uma perspectiva empírica e científica. Por conta disso, busca encontrar fenômenos sociais que se comportem como leis gerais humanas, ato que mitiga a heterogeneidade do Homo sapiens e retira a diversidade cultural do objeto observado.

Na teoria da física social, a imutabilidade social tem direta relação com a manutenção da ordem, o que para os positivistas é o caminho para o progresso. No entanto, essa é uma visão muito rasa sobre a sociedade, já que a revolução da estrutura social é fundamental para buscar relações interpessoais mais justas. Por isso, quem ocupa o topo de tal cadeia não almeja mudanças estruturais, as quais diminuiriam as desigualdades existentes.

Infelizmente encontra-se, na atual conjuntura do discurso conservador brasileiro, alto teor positivista, e isso só demonstra quão atrasado o país se encontra e quão preconceituoso ainda permanece. Uma vez que, a elite, a qual tenta de toda forma disseminar tal doutrina empenha-se, ao utilizar de um discurso tradicionalistas e moralistas, manter-se no poder, para que assim a base da sociedade não anseie mudanças e todo o aparato burocrático do Estado se mantenha nas mãos da mesma aristocracia.

Em suma, o positivismo na contemporaneidade representa grande perigo para a manutenção da democracia no Brasil. Isso acontece por ser o eixo de sustentação teórico da extrema-direita no país e sempre ansiar a estática de Parmênides, o que não condiz com a capacidade de transformação do corpo social.


Aluno: Gabriel Yojim Oshiro
RA: 231222581 
Turma: 1º ano - Direito - Noturno

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