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sábado, 1 de abril de 2023

Consequências do Positivismo na construção histórica Brasileira

O positivismo foi criado pelo filosofo francês, Auguste Comte. Nessa corrente filosófica, a ciência é o único conhecimento válido a compreensão da realidade, capaz de resolver os problemas que impedem as sociedades humanas de alcançarem a sua plenitude. O filosofo almejava entender a organização da sociedade industrial europeia, direcionando-a ao progresso. Acreditava que a sociedade poderia estudar profundamente e contribuir com o equilíbrio das forças socias. Essas forças, ordem e progresso, deveriam existir sempre em equilíbrio.

Na construção histórica do Brasil, o positivismo influenciou os militares e políticos ligados ao primeiro presidente do Brasil que depôs o imperador Dom Pedro II, implantando a república com uma política baseada nessa corrente filosófica, com o cultivo e a imposição da ordem social para se chegar ao progresso. Simultaneamente a este ato que pretende inaugurar o esquecimento por um lado, e a lembrança, por outro, aparecem os símbolos da República forjados pela retórica do discurso positivista. Os brasileiros deveriam encontrar o gozo junto à bandeira nacional, no hino, no ufanismo e exaltação das memórias dos “verdadeiros heróis” da História do Brasil.  

Ante ao exposto, é importante conceituar e exemplificar alguns termos. A memória é uma experiência individual do passado, muitas vezes marcada pelo afeto. Em contrapartida, a história é a reconstrução racional do passado, por meio cientifico. Essa distinção é fundamental para entender que existe consequências as ideologias usadas para formação do Brasil. Por isso, que a política do esquecimento e o memoricídio, são tão graves. Analisando essa afirmação é possível observar um problema histórico no brasil. Para melhor compreensão é importante definir: A política de esquecimento tem como característica principal a naturalização de fatos errôneas. Um exemplo disso, é a lei de Anistia, após a ditadura militar diversos crimes terríveis foram perdoados, não levando em consideração aqueles que sofreram. Já o menoricídio é o descaso com a memória histórica de um povo. Exemplificando, os incêndios no museu da língua portuguesa e o museu nacional causam degradação a historiografia brasileira.

Por violência simbólica entendemos aqui a política do esquecimento, o silenciamento dos conflitos e contradições históricas, o silêncio epistêmico e histórico reservado aos negros pela historiografia brasileira. Diante disso, vale colocar a citação da escritora, psicóloga, teórica portuguesa, Grada Kilomba. A autora reconhecida pelo seu trabalho que tem como foco o exame da memória, segundo ela: “não estão acidentalmente naquele lugar; foram colocadas/os na marquem por regimes dominantes que regulam o que é a verdadeira erudição”. Comportamento reafirmado na construção histórica de um país racista como o Brasil.

 

Bianca Regina Pinheiro

1° ano Direito - Noturno

RA: 231220138


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