O
positivismo foi criado pelo filosofo francês, Auguste Comte. Nessa corrente
filosófica, a ciência é o único conhecimento válido a compreensão da realidade,
capaz de resolver os problemas que impedem as sociedades humanas de alcançarem
a sua plenitude. O filosofo almejava entender a organização da sociedade industrial
europeia, direcionando-a ao progresso. Acreditava que a sociedade poderia
estudar profundamente e contribuir com o equilíbrio das forças socias. Essas
forças, ordem e progresso, deveriam existir sempre em equilíbrio.
Na
construção histórica do Brasil, o positivismo influenciou os militares e
políticos ligados ao primeiro presidente do Brasil que depôs o imperador Dom
Pedro II, implantando a república com uma política baseada nessa corrente
filosófica, com o cultivo e a imposição da ordem social para se chegar ao
progresso. Simultaneamente a este ato que pretende inaugurar o esquecimento por
um lado, e a lembrança, por outro, aparecem os símbolos da República forjados
pela retórica do discurso positivista. Os brasileiros deveriam encontrar o gozo
junto à bandeira nacional, no hino, no ufanismo e exaltação das memórias dos
“verdadeiros heróis” da História do Brasil.
Ante
ao exposto, é importante conceituar e exemplificar alguns termos. A memória é
uma experiência individual do passado, muitas vezes marcada pelo afeto. Em
contrapartida, a história é a reconstrução racional do passado, por meio
cientifico. Essa distinção é fundamental para entender que existe consequências
as ideologias usadas para formação do Brasil. Por isso, que a política do
esquecimento e o memoricídio, são tão graves. Analisando essa afirmação é
possível observar um problema histórico no brasil. Para melhor compreensão é
importante definir: A política de esquecimento tem como característica
principal a naturalização de fatos errôneas. Um exemplo disso, é a lei de
Anistia, após a ditadura militar diversos crimes terríveis foram perdoados, não
levando em consideração aqueles que sofreram. Já o menoricídio é o descaso com
a memória histórica de um povo. Exemplificando, os incêndios no museu da língua
portuguesa e o museu nacional causam degradação a historiografia brasileira.
Por
violência simbólica entendemos aqui a política do esquecimento, o silenciamento
dos conflitos e contradições históricas, o silêncio epistêmico e histórico
reservado aos negros pela historiografia brasileira. Diante disso, vale colocar
a citação da escritora, psicóloga, teórica portuguesa, Grada Kilomba. A autora
reconhecida pelo seu trabalho que tem como foco o exame da memória, segundo
ela: “não estão acidentalmente naquele lugar; foram colocadas/os na marquem por
regimes dominantes que regulam o que é a verdadeira erudição”. Comportamento
reafirmado na construção histórica de um país racista como o Brasil.
Bianca
Regina Pinheiro
1°
ano Direito - Noturno
RA:
231220138
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