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domingo, 12 de junho de 2022

"Primeiro de Maio" e sua influência marxista

 O conto primeiro de maio do autor Mario de Andrade tem nítidos aspectos de crítica ao capitalismo através de uma influência marxista. Essa obra, publicada no livro Contos novos em 1947, retrata a história de um proletário, o qual é chamado apenas pelo seu número, 35. No decorrer da narrativa ele analisa o feriado de primeiro de maio e torna-se frustrado mediante a sua relação com sua vida como proletariado e a reação da polícia (haviam boatos de que teriam protestos nesse feriado).

Durante o conto, o 35 vive o conflito entre celebrar e lutar, em que ele percebe a opressão do trabalhador mas, ao mesmo tempo, age de forma alienada e considera o dia apenas uma celebração aos trabalhadores (apesar da opressão que ele sofre nesse dia). Ao final do conto, o trabalhador percebe o vazio na cidade, resultado da opressão policial (a qual é também uma questão de superestrutura, visto que o sistema capitalista não apoia esse tipo de manifestação a qual seria danosa para o mercado), ele adquire certa consciência de classe e ajuda um trabalhador mais idoso, mesmo quando havia sido zombado por eles no começo do conto.

 Em suma, essa obra retrata diversos conceitos de Marx e Engels, principalmente a questão da consciência de classe e alienação. Além disso, esse texto leva o leitor a questionar se o dia do trabalho realmente reflete a luta do proletário e sua conquistas  ou é apenas um feriado sem finalidade critica alguma.




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