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domingo, 12 de junho de 2022

sonhos capitalistas

Sonho, toda noite 
Com enorme construção
Som fulminante das máquinas 
Enormes linhas de produção 

Sonho, toda noite 
Com centenas de mãos 
Cortadas, feridas queimadas
Mas sem nenhuma reclamação 

Sonho, toda  noite
Com minhas terras do sertão 
Antigas terras indígenas 
Cujo sangue infiltra o chão 

Sonho, toda noite 
Em pregar a mesma ilusão 
Dar a eles migalhas mofadas
Dizendo ser isso o pão 




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