Beatriz
Grieger – 1º ano, matutino
“Os
homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não sob
circunstâncias de sua escolha e sim com aquelas que se defrontam diariamente”
Marx analisa a construção e concepção da história a partir da dialética e do confronto entre classes e situações, o qual permite a continuidade da história. Neste contexto, é possível analisar de forma análoga a construção socioeconômica do continente africano a partir de intervenções externas, como europeias e, mais recentemente, chinesas e norte-americanas. Tal analogia é viável pois as dificuldades enfrentadas atualmente pelo povo africano resultaram de forma direta das intervenções externas em benefício próprio, dentre elas: o tráfico de escravos, como o realizado por Portugal destinado ao Brasil por 300 anos, a exploração de pedras preciosas, como a feita pela Bélgica no Congo, a partilha africana no contexto do neocolonialismo europeu pré – primeira guerra mundial, a presença norte-americana na Somália visando o controle de uma posição estratégica e a exploração de petróleo e, por fim, a busca da China por petróleo e minérios em diversos países da África visando investir em seu desenvolvimento, como em infraestruturas e indústrias.
Desta
forma, a exploração africana, além de histórica, é atual e, portanto, suas
consequências também. Os baixíssimos IDH’s e PIB’s africanos são decorrência
das circunstâncias impostas a este continente, assim como analisa Marx, isto
porquê todo o histórico de exploração gerou conflitos internos, a instauração
de governos tiranos, a retirada de riquezas e, consequentemente, a diminuição
de capital disponível, além do genocídio do povo preto com a escravidão. Com
isso, na contemporaneidade, a África necessita superar inúmeros obstáculos para
garantir seu desenvolvimento e o bem-estar de sua população, a qual encontra-se,
majoritariamente, em uma posição de miséria e vulnerabilidade.
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