O sistema atual é baseado e fortificado na sociedade e nos ideais construídos desde o mercantilismo. Para tal, nesse texto exponho sobre o choque entre a teoria do materialismo histórico-dialético na perspectiva teórico política de Marx e Engels acerca dos debates em relação as questões raciais.
Deve-se analisar que o racismo como discriminação enraizada no colonialismo e imperialismo, tendo a exploração econômica e social baseada na cor da pele como sustentação para as revoluções industriais e o avanço econômico de sociedades europeias, não se pode afirmar a dinâmica e complexidade do racismo de modo separado das relações sociais fundadas e sustentadas por ideais de acumulação de capital e da sociedade burguesa.
A teoria do materialismo histórico-dialético na perspectiva teórico política de Marx e Engels afirma sobre como os problemas sociais da humanidade se baseiam apenas na exploração capitalista da classe operária, excluindo assim do seu método as questões raciais inerentes que são o pilar da exploração da humanidade e seus efeitos se manifestam até hoje por estarem enrizados na sociedade.
Portanto, a compreensão do racismo como conceito fundamental à análise das relações sociais na América Latina, não somente como um efeito a ser elucidado e combatido, mas, como uma categoria teórica derivada de processos complexos e determinantes da vida social do indivíduo de acordo com a sua cor de pele neste território frisado pelos processos de invasão colonial, escravidão e a persistente dependência imperial e suas estratégias neocoloniais. Por isso, deve-se levar em consideração um método teórico político descolonizado.
Maria Vitória Santos Belarmino - matutino
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