1.
Quem elabora as regras é a classe dominante. As
regras, leis, emanam da vontade da classe desta, tendo que suas subalternas
segui-las, uma vez que “foram elaboradas para o bem comum”. Essas, colocam cada
componente da sociedade no devido lugar, de acordo com o julgamento da classe
dominante, de maneira que não atrapalhem o andamento da ordem. Os “dados” não
são jogados da mesma forma para todos os jogadores, obviamente, há liberdade
mas falta igualdade.
2.
O agente movente do jogo é a luta entre classes.
Aqueles que detêm os meios de produção do capital tem poder sobre os demais, o
operariado depende das ações burguesas, porém essas só funcionam com o trabalho
daqueles. Opressores e oprimidos vivem em constante guerra, a qual só tem fim
com uma revolução de toda a sociedade ou com a destruição de ambas classes.
3.
A maior parte dos resultados obtidos pelo
trabalhador é direcionado ao dono dos meio de produção. Além da produção
alienante, onde o trabalhador não enxerga sua obra no produto final e, muitas
vezes, é incapaz de adquiri-la, a maior parte dos lucros vão para seu
empregador. O montante do lucro do capitalista pode ser ajustado de acordo com
a ação de leis trabalhistas, porém para essas serem conquistadas depende do
operariado se unir e clamar por elas.
4.
Vence o jogo quem conquistar mais riquezas
individuais. Porém a ganancia e exploração inata do capitalismo é claramente
infinita, gerando uma sociedade cada vez mais fundada na desigualdade e
exploração da força de trabalho do operariado. Não tendo um final certo, este
será dado pela sobreposição de uma nova realidade à atual, resultante de uma
síntese marxista.
Após feito um apanhado geral de algumas regras que regem o atual contexto sócio-político, fica claro que é uma pequena parcela da população que realmente está apta a vencer esse jogo. Mas sempre há um outro conjunto de regras possível, uma realidade alternativa à vigente, uma ordem guiada pela “Prosperidade”, deixando a “Monopolista” de lado, derrubando-a. Há quem diga que essa realidade é utópica, não é natural ao homem, uma vez que já foi testada e não vingou, porém a dialética é constante, teses e antíteses são confrontadas a cada contrato trabalhista assinado, o que não se pode deixar acontecer é a síntese ser moldada pelos anseios capitalistas individualizantes.
Felipe Cardoso Scandiuzzi - 1ª ano - Direito
Matutino
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