Judicialização do Brasil
Barroso em seu
texto, "Judicialização, Ativismo judicial e legitimidade
democrática", explana duas correntes que pra ele são muito próximas, a
judicialização e o ativismo jurídico, que diferem na postura ativa de expandir
a interpretação da constituição do ativismo. No Brasil ambas correntes estão
crescendo, diversos casos que tradicionalmente são decididos pelo poder
legislativo ou executivo agora estão indo parar nas mãos do executivo.
No
caso das cotas, o qual o partido DEM fez um pedido contra as cotas raciais da
UnB, o judiciário teve que avaliar a constitucionalidade das cotas em uma
universidade, e de certa forma, fiscalizar o legislativo.
As
causas apontadas por Barroso são três, a redemocratização do país, que tirou o judiciário
da técnica pura e o transformou em um poder político; a constituição
abrangente, que transforma política em direito; e o sistema brasileiro de
constitucionalidade, um dos mais abrangentes do mundo, que permite que
determinadas matérias sejam levadas imediatamente ao STF.
Apesar
de certa facilidade e aparente “justiça” feita por esses métodos, como a
decisão bastante acertada citada a cima, esse sistema é perigoso,
principalmente para a legitimidade democrática, seja pelo simples fato de que
um poder onde quem está fazendo política não foi eleito pelo povo, ou por
motivos mais perigosos como a politização indevida da justiça e os limites da
capacidade institucional do Judiciário.
Nicole Breda Rodrigues - 1º Ano Direito Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário