A leitura
de parte do capítulo XIII de “O Capital”, de Karl Marx, permite-nos refletir
sobre por que o homem começou a buscar outros mecanismos para sua produção. Até
aquele momento o pequeno desenvolvimento tecnológico bastava. Porém, a medida
que seus anseios crescem, ele necessita de algo a mais, algo que não seja
limitado tão somente pelas condições naturais. E mais, algo que ultrapasse o
próprio limite humano. As máquinas foram criadas para suprir esses anseios. Foi
a partir de então que houve uma quebra dessa barreira orgânico-natural,
possibilitando a realização de tarefas em um curto espaço de tempo, aumentando
significativamente a produção e, inclusive, diminuindo o número de
trabalhadores nas fábricas. Surgiria aí, então, uma barreira criada pelo
próprio homem? Teria ele desenvolvido uma ciência que pôde otimizar ao máximo
seu trabalho ao ponto de transformá-lo em peça dispensável na produção?
Justamente porque as máquinas superaram demasiadamente suas capacidades
físicas. Hoje não se vê a completa extinção do indivíduo na produção. Foi
ocorrendo uma perda gradativa de sua importância, chegando ao ponto de uma
total alienação em relação ao processo produtivo.
Começou
assim a luta do homem contra o homem e saber tornou-se sinônimo de poder, visto
que quem tivesse mais conhecimento e habilidades teria também mais facilidade
de se inserir no novo mercado de trabalho. Sua força física tornou-se
insuficiente para o mercado. Passou-se então para um estágio em que se
necessita, pois, de força intelectual, para aprimorar mais ainda as tecnologias
que excluíram o homem desse meio.
Nota-se,
portanto, que é necessária uma superação constante de barreiras que surgem
frequentemente em relação ao processo produtivo. Iniciou-se com as barreiras
naturais, e hoje busca-se quebrar a barreira do próprio homem , que necessita
se aperfeiçoar intelectualmente para
poder se inserir em um mercado competitivo e que não valoriza mais o trabalho
manual como se via antigamente, na época dos artesanatos.
Texto referente ao livro
"O Capital”, mais especificamente ao capítulo XIII “Maquinaria e grande
indústria”.
Tema: “A técnica diante das
determinações orgânico-naturais”
Grupo: Amanda Silva Trevisan,
Ana Carolina Trofino, Ana Claudia Gutierrez Kitamura, Graziela da Silva Rosa e
Letícia Roberta Santos.
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