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domingo, 1 de setembro de 2013

Equipamentos desenvolvidos, homens substituidos


Em sua obra “O Capital”, pode-se perceber no capítulo XIII que Karl Marx se preocupa com a desumanização do trabalho nas fábricas. Resultante do processo de Revolução Industrial, a maquinaria consolidou-se como um meio utilizado para produzir mais-valia (denominação dada à desapropriação do homem e do valor produzido pelo seu trabalho), conduzindo à alienação do trabalho humano da indústria moderna.
Diferentemente do período manufatureiro, no qual o homem era o objeto central na fabricação, com o advento das máquinas, ele se torna mero coadjuvante no processo produtivo, retirando toda a subjetividade pré-existente (característica da então manufatura) desde a concepção do produto até a sua concretização final. Assim, o período de mecanização do trabalho tornou-se mais eficiente do que um agrupamento humano desempenhando a mesma função. A máquina-ferramenta surge para suprir a crescente demanda por força motriz, uma vez que somente a mão de obra humana não é mais suficiente para cumprir todas as etapas da produção.
A maior critica a esta nova forma de produção não consiste no aumento da produtividade, pois este é benéfico, mas no fato de que tal processo retira a especificidade do produto criado e transforma o operário em um instrumento da produção. Aquele que antes manejava a ferramenta criando um artefato singular, agora é subordinado ao maquinário como mero operador das peças que o compõem. Tal processo conduz à alienação do trabalho humano, uma vez que o trabalhador não se reconhece mais em seu produto final.
Contudo, deve-se considerar que esse fenômeno caracterizado como um “divórcio” entre o homem e sua ferramenta de trabalho - que teve início na Revolução Industrial e que parece estar culminando na realidade contemporânea do processo de produção - vem sendo fortemente contestado por alguns grupos e movimentos sociais. Tais, a despeito da imponente força do capital em sentido favorável ao do trabalho alienado, lutam pela reumanização do processo produtivo através da valorização da força de trabalho do homem perante a máquina, contestando a exploração abusiva do trabalhador, e atribuindo-lhe a possibilidade de reconhecimento pessoal no produto final mais uma vez.





Tema: Divórcio entre o homem e seu instrumento de trabalho
Grupo: Bruna Giabardo Tendolo Alves, Laís Machado Ribeiro, Luisa Loures Teixeira, Luíza Scarabuci de Almeida, Paulo Henrique Reis de Oleveira

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