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Capital, observa-se a grande exploração da mulher e da criança nas fábricas. Já
não era mais viável que apenas o homem da família trabalhasse, uma vez que se
todos os membros desta prestassem serviços, seria muito mais vantajoso para a
produção.
Vê-se
também a diferença entre a vida das crianças do meio rural e do meio urbano:
enquanto as primeiras não trabalhavam, as segundas já eram inseridas no meio fabril,
sofrendo as mazelas de tal ambiente hostil, sendo sujeitas a limpar as chaminés
e enfrentar excessiva carga horária. Era comum que as crianças do meio urbano
fossem “vendidas” em anúncios de jornal semelhantes aos da época da
escravatura. Apenas com a lei fabril de 1833 é que as crianças tiveram sua
carga horária reduzida (continuando, entretanto, exagerada) e, para que
pudessem trabalhar, deveriam estar estudando. Contudo, a escola daquele tempo
não se assemelhava à que vemos atualmente. Crianças de diversas faixas etárias
eram postas em uma sala, onde o professor que ministrava aulas sequer sabia
escrever ou ler. O número de crianças era muito superior ao que o espaço
permitia e as condições em que se encontravam também eram precárias. Com isso,
a escola era apenas um meio da criança poder trabalhar.
Conquanto
as crianças do meio rural não trabalhassem, suas mães, por outro lado, já
estavam inseridas no mercado de trabalho. Com isso, essas crianças ficavam
abandonadas em casa, sem cuidados e assistência. Desta forma, a taxa de
mortalidade era alta em ambos os meios (rural e urbano). A distinção entre
criança e adulto já não era mais reconhecida em nenhum dos meios, já que a
criança era, se não explorada, abandonada.
Conclui-se,
portanto, que apesar das diferenças entre os meios rural e urbano, a Revolução
Industrial atingiu e modificou o modo de vida em ambos, pois os dois meios
foram explorados e sofreram com as mudanças causadas pela revolução.
Steffani de Souza, Daniele Zilioti, Gabriela Watanabe, Virginia Melo, Gabriela Giaqueto, Fernanda Nogueira
(1º ano Direito Noturno)
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