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domingo, 1 de setembro de 2013

A indústria e o modo de vida: entre o rural e o urbano


N’O Capital, observa-se a grande exploração da mulher e da criança nas fábricas. Já não era mais viável que apenas o homem da família trabalhasse, uma vez que se todos os membros desta prestassem serviços, seria muito mais vantajoso para a produção.

Vê-se também a diferença entre a vida das crianças do meio rural e do meio urbano: enquanto as primeiras não trabalhavam, as segundas já eram inseridas no meio fabril, sofrendo as mazelas de tal ambiente hostil, sendo sujeitas a limpar as chaminés e enfrentar excessiva carga horária. Era comum que as crianças do meio urbano fossem “vendidas” em anúncios de jornal semelhantes aos da época da escravatura. Apenas com a lei fabril de 1833 é que as crianças tiveram sua carga horária reduzida (continuando, entretanto, exagerada) e, para que pudessem trabalhar, deveriam estar estudando. Contudo, a escola daquele tempo não se assemelhava à que vemos atualmente. Crianças de diversas faixas etárias eram postas em uma sala, onde o professor que ministrava aulas sequer sabia escrever ou ler. O número de crianças era muito superior ao que o espaço permitia e as condições em que se encontravam também eram precárias. Com isso, a escola era apenas um meio da criança poder trabalhar.

Conquanto as crianças do meio rural não trabalhassem, suas mães, por outro lado, já estavam inseridas no mercado de trabalho. Com isso, essas crianças ficavam abandonadas em casa, sem cuidados e assistência. Desta forma, a taxa de mortalidade era alta em ambos os meios (rural e urbano). A distinção entre criança e adulto já não era mais reconhecida em nenhum dos meios, já que a criança era, se não explorada, abandonada.

Conclui-se, portanto, que apesar das diferenças entre os meios rural e urbano, a Revolução Industrial atingiu e modificou o modo de vida em ambos, pois os dois meios foram explorados e sofreram com as mudanças causadas pela revolução.
 
Steffani de Souza, Daniele Zilioti, Gabriela Watanabe, Virginia Melo, Gabriela Giaqueto, Fernanda Nogueira
(1º ano Direito Noturno)

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