Os crimes e castigos da sociedade pós-industrial
O conjunto de obras O Capital, de Karl Marx, começou a ser publicado em meados de 1860, mesmo período de publicação do romance Crime e Castigo, do escritor russo Dostoiévski, são duas obras incrivelmente distintas, mas que possuem alguns traços em comum. Em parte de O Capital,Marx descreve como a Revolução Industrial tornou o homem e sua individualidade dispensáveis para o trabalho fabril, a força muscular já não era necessária, dando espaço para a inserção de mulheres e crianças no mercado de trabalho. A desvalorização do trabalho do homem adulto faz com que seja indispensável que todos os membros da família estejam empregados para que haja a manutenção da própria família, sendo assim, Marx compara o trabalhador com um traficante de escravos. Já em Crime e Castigo observa-se uma situação semelhante, há intensa degradação do núcleo familiar como fica claro quando uma das personagens femininas é obrigada a se prostituir com o consentimento da família, inclusive do pai, justamente pela manutenção da família.
A transformação nas relações familiares, na estrutura social produzida pelo momento de ápice do capitalismo com advento da máquina, é verificada por Karl Marx a partir da análise da classe operária, a qual é diretamente atingida pelas mazelas dessa forma inovadora de sistematização da produção. Marx identifica nessa classe uma situação de vulnerabilidade, decorrente das condições de exploração, de alienação e de deterioração da própria condição humana. O processo de reificação do homem, transformando-o em mercadoria, assim como o de desumanização, pode ser verificado inclusive nas relações afetivas. A exemplo disso, Marx cita os trabalhadores que vendem seus próprios filhos, denominando-os “traficantes de escravos”. Dessa maneira, verifica-se a imersão da lógica do capital até mesmo no cerne familiar, isto é, comprova-se que a funcionalidade desse sistema de produção a seu bel prazer se insere nas mais diversas formas de relações sociais.
A degradação familiar representada pela personagem Sônia, que se envereda no mundo da prostituição para manter os parcos recursos familiares, é um claro exemplo da apropriação da força de trabalho humano pelo capital. A desvalorização do trabalho manual decorrente da revolução maquinaria desvela uma transformação tão intensa na sociedade européia do século XIX, que até mesmo a constituição familiar, uma das instituições mais sólidas do corpo social, sofre com os seus efeitos. Dessa forma, Marx discorre sobre uma degradação moral e intelectual advindas dessas transformações sociais, que ocasionaram um embrutecimento do homem, resultando em altos índices de mortalidade infantil, esfacelamento do núcleo familiar, tráfico de crianças e tantas outras mazelas que se manifestaram na sociedade pós-industrial imersa pela nova lógica do capital.
A degradação familiar representada pela personagem Sônia, que se envereda no mundo da prostituição para manter os parcos recursos familiares, é um claro exemplo da apropriação da força de trabalho humano pelo capital. A desvalorização do trabalho manual decorrente da revolução maquinaria desvela uma transformação tão intensa na sociedade européia do século XIX, que até mesmo a constituição familiar, uma das instituições mais sólidas do corpo social, sofre com os seus efeitos. Dessa forma, Marx discorre sobre uma degradação moral e intelectual advindas dessas transformações sociais, que ocasionaram um embrutecimento do homem, resultando em altos índices de mortalidade infantil, esfacelamento do núcleo familiar, tráfico de crianças e tantas outras mazelas que se manifestaram na sociedade pós-industrial imersa pela nova lógica do capital.
GRUPO: José Roberto B. Bettarello, Palloma Comti, Samantha Yabiku, Amanda Verrone, Ana Beatriz Nunes.
1º ano - Direito/ Noturno.
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