Grupo: Carolina Paulino, Isabella Carvalho, Júlia Rosa, Juliana Casagrande, Marina Cavalli, Mayara Michéias - Direito Diurno
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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domingo, 1 de setembro de 2013
Maquinário Familiar
Em seu livro, O CAPITAL, Karl Marx analisa a diferenciação de ferramentas e maquinas, relacionando à força de trabalho humana e não humana e a sua produtividade. Critica o sistema, e define o que ele chama de mais valia.
Em sua visão, a máquina não serve para diminuir a labuta do trabalhador, serve apenas para diminuir a quantidade de tempo que o trabalhador levará para pagar seu trabalho. A máquina é, simplesmente, o instrumento de produção da mais valia. Sendo FERRAMENTA aquela impulsionada por FORÇA HUMANA e a MÁQUINA impulsionado por ANIMAIS, FORÇAS NATURAIS, ou outro tipo de força não humana (um tear, movido por um trabalhador, constitui uma ferramenta. Se este mesmo tear fosse movido por vapor, seria uma máquina).
Marx também estuda dados sobre o trabalho infantil e feminino e as consequências sociais destes nas famílias do mundo industrial.
Com a introdução da maquinaria, pessoas menos aptas fisicamente passaram a poder realizar serviços que antes seriam inacessíveis a eles. Assim, mulheres e crianças foram inseridas no contexto industrial nesse momento de mudança e logo famílias inteiras faziam parte do grupo de trabalhadores de determinada fabrica. Apesar de algumas leis tentando regulamentar a venda de trabalho infantil, muitos pais o faziam para aumentar a receita, que era uma ilusão, já que famílias inteiras passaram a trabalhar para receber o que antes um homem recebia sozinho.
Dentre essas leis, existia, na Inglaterra, uma norma que só permitia crianças até 14 trabalharem caso elas frequentassem a escola. No entanto, não havia infraestrutura para isso, muitas vezes as crianças eram colocadas em salas muito cheias, e os professores eram despreparados (sendo analfabetos). Ou seja, era só mais um disfarce.
O índice de mortalidade infantil na época era muito alto tanto pela exploração que sofriam nas fábricas, quanto pelo fato de as mães trabalharem fora e deixarem as crianças em estado de abandono e sem cuidados em casa. As taxas de mortalidade eram reduzidas nos sítios agrícolas, onde o emprego de mulheres na força de trabalho era reduzido.
O afastamento das mulheres em relação aos seus filhos criava um real distanciamento e muitas matavam seus filhos envenenados, davam narcóticos para acalma-los ou os deixam morrer de fome.
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