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sábado, 10 de março de 2018

    SUPERFICIALIDADE PÓS-MODERNA

    A sociedade pós moderna é marcada pela ansiedade decorrente do excesso de informações,nem sempre verídicas,e da fobia de estar ``off line´´.Nesse contexto,o estado perpétuo de ansiedade promove no indivíduo um sentimento de superficialidade tanto material quanto imaterial a repeito da realidade em que vive

     Em relação ao quesito material,é possível destacar que estabelecemos preconceitos,como o uso de automóveis,roupas e marcas,para justificarmos a manutenção de um status quo imaginário e idealizado.Sob a luz do livro Novo Organum do filósofo Frances Bacon podemos entender esses preconceitos como a manifestação de nossos Ídolos,sendo esses verdadeiras barreiras na busca do conhecimento e da elucidação do ser
     Já em relação ao quesito imaterial,é válido pontuar que a capacidade crítica e reflexiva do indivíduo é prejudicada.Isso ocorre uma vez que para captar a enxurrada de informações recebidas o olhar analítico e questionador é deixado de lado pelo olhar de manchetes.Tal situação destoa totalmente da filosofia racionalista do filósofo René Descartes,explicitada no livro Discurso do Método,que preza pela indagação e duvida na construção de qualquer base sólida do conhecimento.
     Dessa maneira,a partir da superficialidade material e imaterial da sociedade em que vivemos desenvolvemos,cada vez mais,pessoas cegas e manipuláveis em um mar de informações e possibilidades.No contexto jurídico e social esse cenário favorece a formação
de massas de manobra o que dificulta a legitimação das reivindicações dos movimentos sociais e,consequentemente,sua eficácia na ocupação do direito
     Fica evidente,assim,que o direito pode ser ocupado,mas para isso devemos legitimar nossos atos superando os Ídolos e indagando o conhecimento que dispomos para,finalmente,construirmos uma base do saber sólida e legítima.

-Alexandre Bolzani Morello-Turma XXXV direito noturno

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