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domingo, 24 de setembro de 2017

O capitalismo como forma de dominação das ações sociais


 A Ação Social é um conceito que Weber estabelece para as sociedades humanas, e essa ação só existe quando o indivíduo estabelece uma comunicação com os outros. Na visão weberiana, a função do sociólogo é compreender o sentido das ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. Assim, o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise, como mera ferramenta metodológica. 

 O tipo ideal seria, portanto, uma racionalização das diversas possibilidades do real, como meio de organizar o caos e a complexidade da realidade social. No entanto, mesmo analisando as ações de entes coletivos, como o Estado, focaliza-se a ação dos agentes sociais, ou seja, dos próprios indivíduos, a fim de se entender a conjuntura social como um todo. 

 Sendo as ações sociais classificadas em quatro tipos: as estimuladas por um objetivo, por um valor, afeto/emoção ou tradicional, as mesmas são influenciadas por estímulos externos, através do exercício do poder, estabelecendo-se a dominação, a qual é intrínseca à vida social. Por isso o papel das instituições de poder seria moldar a conduta dos indivíduos, a sua forma de "conduzir a vida", a fim de manter a ordem dentro do organismo social. 

 Portanto, o processo de racionalização, o qual é inato ao modo de produção capitalista, e sendo o mesmo responsável por influenciar a própria ação social, o famoso axioma "tempo é dinheiro" ainda molda a forma como pensamos e levamos nossas vidas, na qual cada segundo é precioso e dedicado ao trabalho e progressivo acúmulo de capital (o qual antecede e é responsável pela formação da lógica capitalista), vital para o funcionamento da sociedade e das relações econômicas. 



Juliana Beatriz de Paula Guida - 1º ano - Direito Matutino 

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