“ “Religião sempre foi um negócio lucrativo.
” Assim começa uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionários
bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil. A revista fez um
ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista, está o bispo Edir Macedo,
que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. Em seguida,
vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia, com R$ 300 milhões;
R. R. Soares, com R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Sônia,
com R$ 120 milhões juntos. A Forbes também destaca o crescimento dos
evangélicos no Brasil – de 15,4% para 22,2% da população na última década –, em
detrimento dos católicos. Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população,
ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42
milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas. “
(Forbes lista os seis líderes milionários
evangélicos no Brasil. uol.com.br, 19.01.2013. Adaptado.)
Desde tempos remotos a religião toma-se de
grande importância para a evolução econômica e social. A convicção calvinista
traz a certeza de recompensação espiritual através de visões econômicas física:
se fores rico aqui, serás facultoso também no paraíso. Tal ideia de predestinação
move a classe trabalhadora, que tenta alcançar o sucesso para uma eternidade deleitável.
Alienação que move o aperfeiçoar do capitalismo moderno. Alienação que
justifica a dor do trabalho. Alienação que cria a ideia de obrigação de
trabalho.
Ótimo seria se a religião apenas mobilizasse
as forças de trabalho, criasse ideias religiosas que justificam o crescimento econômico.
Hoje observa-se a exploração da fé da sociedade para o crescimento individual
de certos líderes religiosos. Estes criam situações que movem o coração dos seguidores
dos dogmas, que abrem mão de qualquer propriedade material para receber as
falsas bênçãos divinas divulgadas por tais líderes.
Pai, afasta de mim este cálice sujo de criaturas
imundas que abusam da fé que inocentes colocam em ti, de todo credo verdadeiro
transformado em dinheiro para exuberar as vidas dos maus feitores de vossa palavra.
Izadora Barboza Maia - 1º ano Direito (Noturno)
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