Positivismo, progressista ou conservador?
Augusto Comte vivenciou o século
XIX, marcado pela Revolução Industrial, que modificou profundamente a sociedade
e a economia, gerou revoltas e influenciou diversos pensamentos. Inserido neste
cenário é que elabora a visão positivista, percebendo que o pensamento vigente
na época não mais atendia aos interesses da nova sociedade, diga-se, da
burguesia.
Propôs, então, três estados de evolução para o conhecimento: sendo o
primeiro o teológico, pela qual os fenômenos têm explicação divina e
sobrenatural, o segundo o metafísico, explicada pela filosofia e forças
abstratas e por fim o estado positivo. Este último reconheceria a
impossibilidade de se conhecer as causas e concentrar-se-ia apenas em obter as
leis invariáveis, que regem os fenômenos, através do conhecimento racional e empírico.
Afirmava que o pensamento teológico era necessário, já que não precisava de
comprovação, como ponto de partida, e que o pensamento filosófico servia apenas
de transição.
Comte acreditava que a sociedade
precisava de uma reforma na educação européia, pois esta era marcada pela
teologia, metafísica e literatura, além de apresentar o conhecimento como
diversos campos, para ele, tudo eram ramos de um único tronco, suas ideias influenciam até os dias de hoje a educação e foi de suma importância para o seu rompimento com a religião. Dizia ainda, ser
a física social a mais “atrasada”, ou seja, pautada ainda na teologia e metafísica,
e que seria de grande urgência positivá-la, pois o triunfo da filosofia positiva
restauraria a ordem da sociedade e é através da ordem se atinge o progresso.
Esse pensamento serve de base
para muitos conservadores, pois nele cada um tem de cumprir sua função social e
quando isto é quebrado perde-se o progresso, Comte não concordava com o
conflito social e achava que a elite, ou um pequeno grupo deveria comandar, dizia
que a igualdade estava em cada um possuir sua função na sociedade, servindo de
argumento para a repressão social.
Bruna Midori Yassuda Yotumoto, 1º diurno
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