“Por
que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que a gente morre?”
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que a gente morre?”
A
música “Oito Anos” da Adriana Calcanhotto é inspirada nas perguntas do
filho da cantora, quando ele ainda tinha a idade do título,
oito anos. Segundo Comte, há uma marcha progressiva do espírito
humano, e o garoto tentaria
respondê-las
de acordo com três estados históricos.
Primeiramente,
o estado teológico,
em que agentes sobrenaturais responderiam as questões. Por exemplo,
o dente caiu porque a fada do dente precisava dele. Trazendo para o
lado histórico, a Grécia também tentava responder suas dúvidas
através de deuses mitológicos: Zeus, Hades, Poseidon, todos
responsáveis pelos
fenômenos naturais.
Em um estado de transição, o filho de Adriana poderia tentar
responder suas dúvidas através de forças abstratas,
ou
o estado metafísico.
Ele não acreditaria em fadas ou deuses mitológicos, mas até
adquirir o verdadeiro conhecimento, seria suficiente entender que
existiria alguma força da natureza.
A
partir da escola, da sistematização dos estudos, a filosofia
positivista marcaria o amadurecimento do espírito de Gabriel, ou,
sendo mais abrangente, da sociedade humana. O estado científico,
o terceiro e último, o levaria a entender suas questões com
raciocínio e empirismo. Procuraria a entender não as causas das
forças, pois muitas vezes são insolúveis, mas sim as leis que
regeriam seus fenômenos.
A
ciência se torna o único conhecimento possível, o único válido.
Seria responsável no sentido de descrever e prever os fatos, e
entender e responder as questões da humanidade
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