Augusto Comte divide o estudo da ciência em três estados, o Estado Teológico, estado inicial, um ponto de partida necessário para o desenvolvimento da inteligência humana onde definia que as causas dos fenômenos provinham de agentes sobrenaturais, porém quando numerosas divindades foram substituídas por uma somente, iniciou-se o Estado Metafísico e o homem substituiu as divindades por forças abstratas, sendo portanto somente um estado de transição, então assim que foi capaz de substituir variadas entidades particulares por somente uma, a natureza; teve inicio o Estado Positivo, esse que Comte analisa como o mais desenvolvido e capaz de trazer maior sabedoria ao homem. Nesse último estado não há mais a busca pela causa dos fenômenos porém há a combinação do raciocínio e da observação para criar leis capazes de descobrir o funcionamento e a ligação entre diferentes fenômenos.
A filosofia positiva trouxe a capacidade de organizar e criar divisões na ciência, o que permitiu um estudo mais intenso sobre os fenômenos, todavia a excessiva particularidade de ideias se tornou um dos problemas a ser enfrentado para que se possa garantir maior perfeição do método positivo. Para Augusto, tal filosofia também era a única capaz de acabar com o estado de crise em que se encontram as nações mais civilizadas, servindo então de base para uma reorganização social, entretanto para isso seria necessário uma física social, ou seja, um estudo dos fenômenos sociais para que seja resumido e aplicado em uma doutrina homogênea.
Portanto, para Augusto Comte, a filosofia positiva ainda tinha seus problemas a serem enfrentados para buscar um melhor aperfeiçoamento do método, mas várias vezes afirmava que talvez não fosse possível para o homem garantir a perfeição de tal, pois como o objetivo principal era representar todos fenômenos observados particularmente através de um fato geral, o homem não seria capaz de possuir a tecnologia suficiente para que isso ocorresse. Todavia, afirmava ser a mais funcional em relação a teológica e a metafísica, por ser capaz de classificar as ciências e buscar uma análise comprovada dos fatos.
Camilla Pires - 1º ano Direito Noturno
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