O ponto de virtude do manifesto comunista de Marx e Engels é justamente seu primeiro capítulo, que constitui um elogio à modernidade. Tal elogio é a base para tudo mais o que se segue no manifesto.
Marx e Engels celebram a modernidade como a libertação das formas produtivas, ou seja, o homem não está mais limitado às forças naturai; Colocam os burgueses como classe revolucionária e espelho no qual a proletariado deve enxergar a possibilidade de uma mudança de vida; Buscam esclarecer a classe operária de que o capitalismo, muito mais que um novo modo de produzir, constitui-se num novo modo de vida.
Constroem que, o proletário não deve descartar as conquista burguesas - inspiradas no liberalismo e que trouxeram a baixo a ordem feudal - e sim expandi-las. Se as formas produtivas agora são ilimitadas, há a possibilidade de "dominar o mundo". Ou seja, a modernidade dá as ferramentas para a libertação e a emancipação do homem.
O erro se solidifica na dominação do homem pelo homem, do uso das tecnologias não para melhorar a qualidade de vida de todos os membros da população e sim para que uma parcela explore ainda mais as outras. A saída para tal ciclo vicioso, da vida em torno do mercado, da ética da modernização onde as exigências humanas são ignoradas frente as necessidades de mercado, é o socialismo: uso da modernidade em benefício do coletivo.
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