O
ponto em comum de todas as sociedades é a luta de classes. Sempre houve o
opressor e o oprimido em constante oposição, em uma luta que sempre culminou em
uma enorme transformação ou com a decadência de uma das classes oponentes.
O
fim da sociedade feudal, portanto, não significou a abolição do antagonismo de
classes. Pelo contrário: novas classes surgiram, e junto delas, novas condições
de opressão e luta. Desta forma, o capitalismo e a sociedade burguesa
explicitam ainda mais a luta de classes.
Com
a insuficiência do sistema corporativo para a demanda crescente dos novos
mercados, surge o sistema de manufatura, para substituir o sistema em
decadência. Graças ao crescimento vertiginoso e desenfreado dos mercados, a
demanda continuou a aumentar cada vez mais, e a manufatura se fazia
insuficiente em mesma medida. Devido a isso, a indústria moderna surge no lugar
da então obsoleta manufatura.
Surgiam
também, em lugar das relações de propriedade feudais, a livre concorrência, uma
constituição social e política adaptada a tal concorrência e sob controle econômico
e político da burguesia. Esta passa a revolucionar os instrumentos de produção
e por conseguinte, as relações de produção e da sociedade como um todo. As
relações firmes e sólidas com todos os seus preconceitos e opiniões antigas intrínsecas
foram exterminadas, e todas as novas relações tonaram-se também obsoletas antes
mesmo de se consolidarem. É a chamada “destruição criativa”, pois as relações
se tornavam antiquadas num ritmo desenfreado, e assim, novas eram criadas. Com
toda essa rapidez, a burguesia acaba arrastando todas as nações, inclusive as
mais bárbaras, para a civilização. Cria um mundo à sua imagem, e caso haja resistência,
a pena é a extinção.
O
capitalismo toma dimensões globais com os novos meios de comunicação e de
transporte. Nascem novas “necessidades” e, assim, novas formas de
satisfazê-las, o que acarreta uma interdependência global.
Entretanto,
em detrimento de toda a evolução e desenvolvimento, desponta o problema: a
superprodução. A sociedade burguesa não consegue controlar seu próprio poder de
produção, vivendo um momentâneo estado de barbarismo. E é com o problema que a
burguesia cria a própria solução: o operariado. É este que sofre com as horas
excessivas de trabalho e com os baixos salários, entre outras diversas mazelas
do trabalho industrial exercido por eles. É também através deles que a
burguesia consolida o modo de produção capitalista, que encontra no operariado
o sujeito perfeito para operar as armas criadas por ela.
Steffani de Souza (1º ano Direito noturno)
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