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segunda-feira, 16 de setembro de 2013



Karl Marx expõe aquele que seria o pontapé inicial de uma teoria que repercutiria por séculos com uma linguagem acessível. Para que a mensagem contida atingisse a classe trabalhadora o Manifesto Comunista foi escrito em caráter simples e com uma leitura de grande fluidez.

Nos capítulos iniciais é descrita a bravura e o sucesso da burguesia ao enfrentar os senhores feudais em seu processo de libertação. Libertação das amarras políticas, culturais e econômicas vigentes no período medieval. Essa libertação e ascensão burguesa trazem consigo uma doutrina que seria o estandarte para uma real expansão: o liberalismo como uma possibilidade infinita para a fluidez de novas ideias e iniciativas. Essa seria a libertação da força produtiva, ou seja, de todo aquele elemento que interage e intervém no cotidiano da vida em sociedade.

A burguesia, portanto, constitui uma classe vencedora que conseguiu transgredir e criar um novo mundo. Um mundo sem limites para a transformação. Porém, a experiência prática do correr dos anos revelou um extremo dessa capacidade de se transformar e reinventar: revelou uma necessidade de transformação exigida pelo capitalismo. É o caso da “destruição criativa” exposta por Joseph Schumpeter em Capitalismo, Socialismo e Democracia segundo a qual o capitalismo dissolveria tudo aquilo criado por ele com uma rapidez muito grande, decorrente da sua necessidade  de criação de novos artefatos a cada ciclo, sendo essa destruição necessária para a sobrevivência e continuidade do próprio sistema capitalista.

Posto isso, cabe questionar essa “ética do moderno” da qual os homens não conseguem se desatar e que existe como um princípio que incita e que nutre a lógica capitalista. De certo modo é válido dizer que a vitória burguesa a escravizou, a tornou refém de um consumismo não condizente com a necessidade humana. Um consumismo ofuscante, que torna cegos aqueles ávidos por seus iPhones 5, 6 e 7. 

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