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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Até que ponto?

    Muito se afirma no Manifesto Comunista de Marx e Engels a necessidade de mais uma transformação na ordem da sociedade, eliminando-se a possibilidade de criação de mais um acirramento entre diferentes classes, presente desde quando a sociedade começou a se organizar, cita-se o antagonismo entre senhores e servos, na idade média, ou proletários e burgueses contemporaneamente.
     Esta transformação é extremamente necessária, no ponto de vista dos autores, pois a sociedade burguesa deturpa o conceito de liberdade limitando-a a relações comerciais, além de prejudicar a formação humana no seu princípio e ninho. Quando não estão escravizando crianças em seus trabalhos repetitivos e desumanizadores, estão controlando escolas de acordo com seus objetivos, pois os autores são categóricos em afirmar que o desenvolvimento científico está intimamente ligado ao material.
     Contudo, é dificílimo afirmar com precisão até que ponto outra mudança nas classes sociais seria de forma efetiva. Elevar o proletariado a tal nível de perfeição e altruísmo é arriscado, porque dificilmente ele não se acomodará no poder, tal qual a famosa frase de Abraham Lincoln: "se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
     Tal fato pode ser comprovado em tentativas falhas de uma organização comunista, onde os revolucionários acabaram tomando o poder e passaram a exercê-lo de forma extremamente autoritária. Exemplo típico é a Ditadura dos irmãos Castro de Cuba, onde há bloqueio à liberdade de imprensa ou, até mesmo, casos que feririam os Direitos Humanos ou a Dignidade da Pessoa Humana.
      Assim sendo, resta-se a análise de três pontos: ou o exemplo de Cuba não tenha seguido formalmente as 10 regras propostas pelos autores, ou caso este país não pudesse adotar tais medidas tão rapidamente, porque não possuía uma organização de país desenvolvido ou, por fim, estabelecer possibilidades de que tal teoria "revolucionária" não seria mais nada além de apenas mais uma mudança da classe social hegemônica, criando-se outra realidade com novos atritos entre elas.

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