Quem
guarda os portões da fábrica?
Nosso dia vai chegar
Teremos nossa vez
Não é pedir demais:
Quero justiça
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Teremos nossa vez
Não é pedir demais:
Quero justiça
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero trabalho honesto
Em vez de escravidão.
A
canção “Fábrica”, do compositor Renato Russo, traz uma reflexão sobre o sistema
de produção capitalista e a exploração do proletário, sob uma clara influência
teórica das idéias Marxistas contidas, principalmente, na obra “Manifesto
Comunista”. Assim como Marx e Engels, Renato acreditava na união dos
trabalhadores contra o sistema de produção selvagem e predatório, chegaria a
hora do proletários pedir justiça, trabalho honesto e as chaves dessas portas
tão bem guardadas pela burguesia.
Marx
e Engels iniciam o Manifesto Comunista reconhecendo os grandes avanços que
foram conquistados através da ascensão da burguesia e do modo de produção capitalista
industrial. Era incontestável o caráter revolucionário da classe burguesa, que
conseguiu destituir o secular poder da
monarquia feudal e do catolicismo político. Contudo, afirmam que a luta do
proletariado contra a burguesia começa com a sua própria existência, seria um
fato justificado pela dialética histórica, afinal, o oprimido em algum momento
irá se revoltar contra o seu opressor.
A célebre frase que
encerra o quarto capítulo do Manifesto Comunista sintetiza as idéias contidas
no texto: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”. Assim, Marx, Engels, Russo, e tantos outros teóricos e estudiosos
do pensamento Marxista, acreditam que o momento do proletário pedir a chaves
desses portões que os aprisionam, desses grilhões que os prendem, dessa máquina
que os escraviza e de todo esse sistema selvagem e opressor, em algum momento
chegará. Afinal, Que venha o fogo então/ Esse ar deixou minha vista cansada/ Nada demais.José Roberto Bernardo Bettarello - 1º ano/ noturno
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