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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sistema capitalista: imediatismos e contradições

A análise marxista acerca do sistema capitalista, apesar de originária do século XIX, mostrou-se muito consciente em diversos aspectos, os quais condizem com a realidade contemporânea. Os esforços de Karl Marx e Engels conjugados, na elaboração do Manifesto Comunista, propõe uma análise crítica e funcional de como a classe burguesa se estabeleceu e como o capitalismo se arraigou na sociedade.
Com respeito aos elementos destacados por Marx em Engels ao retratar o sistema capitalista, pode-se destacar dois deles visivelmente presente no nossa atual sistema senso eles: o imediatismo e o a contradição. Não obstante, Marx não usa o termo imediatismo ao caracterizar o capitalismo ou o ideal burguês, nota-se que é um fator mercante e determinante em nossa conjuntura atual.
Dessa forma, partindo de pontos revelados por Marx tais como: necessidade generalizada de expansão constante do mercado; o descontrole das forças de produção, da propriedade devido às enormes proporções tomadas pelo capital e pelo mercado; a superprodução; a incapacidade da sociedade burguesa de abranger toda a riqueza aquilo por ela criada. Tais elementos são expostos na obra como pontos contraditórios do referido sistema, à medida que ele próprio incentiva mecanismo que o corrompe. Associado a isso Marx faz referência às crises periódicas enfrentadas pelo sistema capitalista.
Logo, observa-se o imediatismo intrínseco do ideal burguês, pois o que está sempre em primeiro plano é o lucro, os benefícios, os desenvolvimentos, os crescimentos imediatos. Sem muita preocupação com as consequência a longo prazo, ou os possível efeitos da exploração da produção, entra-se na questão das contradições. As contradições se expressam ao passo que o sistema, ao mesmo tempo em que busca de desenvolvimento, produz obstáculos contra si mesmo.

Alguns exemplos práticos de como o sistema entra em contradição está na própria maneira de explorar os recursos naturais. A produção em grande contingente, e a expansão irrefreável do consumo e do mercado implicando em disponibilidade de recursos naturais e energéticos, porém a esse passo tornar-se-á insustentável ecologicamente, dessa forma o sistema capitalista pode entrar em colapso. Um caso recente de extrema polêmica e divergência acerca do Novo Código Floresta ilustra bem tal situação. A bancada de maior representatividade, composta pelos chamados ruralistas, em vários momentos foi relutante em assumir medidas de preservação tendo em vista os interesses econômicos que possuem. Assim como ressalta Marx o lucro, no modo de vida capitalista, suplanta outros aspectos também importantes para a vida em sociedade, a exemplo do pensamento ao logo prazo. É dessa forma o sistema vigente se mostra imediatista e possivelmente contraditório, já que não combate àquilo que certamente o prejudica. 

Dayana Moura Dezena, Direito diurno.

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