A
análise marxista acerca do sistema capitalista, apesar de originária do século
XIX, mostrou-se muito consciente em diversos aspectos, os quais condizem com a
realidade contemporânea. Os esforços de Karl Marx e Engels conjugados, na
elaboração do Manifesto Comunista, propõe
uma análise crítica e funcional de como a classe burguesa se estabeleceu e como
o capitalismo se arraigou na sociedade.
Com
respeito aos elementos destacados por Marx em Engels ao retratar o sistema
capitalista, pode-se destacar dois deles visivelmente presente no nossa atual
sistema senso eles: o imediatismo e o a contradição. Não obstante, Marx não usa
o termo imediatismo ao caracterizar o capitalismo ou o ideal burguês, nota-se
que é um fator mercante e determinante em nossa conjuntura atual.
Dessa
forma, partindo de pontos revelados por Marx tais como: necessidade
generalizada de expansão constante do mercado; o descontrole das forças de
produção, da propriedade devido às enormes proporções tomadas pelo capital e
pelo mercado; a superprodução; a incapacidade da sociedade burguesa de abranger
toda a riqueza aquilo por ela criada. Tais elementos são expostos na obra como
pontos contraditórios do referido sistema, à medida que ele próprio incentiva
mecanismo que o corrompe. Associado a isso Marx faz referência às crises periódicas
enfrentadas pelo sistema capitalista.
Logo,
observa-se o imediatismo intrínseco do ideal burguês, pois o que está sempre em
primeiro plano é o lucro, os benefícios, os desenvolvimentos, os crescimentos
imediatos. Sem muita preocupação com as consequência a longo prazo, ou os possível
efeitos da exploração da produção, entra-se na questão das contradições. As
contradições se expressam ao passo que o sistema, ao mesmo tempo em que busca
de desenvolvimento, produz obstáculos contra si mesmo.
Alguns
exemplos práticos de como o sistema entra em contradição está na própria
maneira de explorar os recursos naturais. A produção em grande contingente, e a
expansão irrefreável do consumo e do mercado implicando em disponibilidade de
recursos naturais e energéticos, porém a esse passo tornar-se-á insustentável
ecologicamente, dessa forma o sistema capitalista pode entrar em colapso. Um
caso recente de extrema polêmica e divergência acerca do Novo Código Floresta
ilustra bem tal situação. A bancada de maior representatividade, composta pelos
chamados ruralistas, em vários momentos foi relutante em assumir medidas de
preservação tendo em vista os interesses econômicos que possuem. Assim como
ressalta Marx o lucro, no modo de vida capitalista, suplanta outros aspectos
também importantes para a vida em sociedade, a exemplo do pensamento ao logo
prazo. É dessa forma o sistema vigente se mostra imediatista e possivelmente contraditório,
já que não combate àquilo que certamente o prejudica.
Dayana Moura Dezena, Direito diurno.
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