Émile
Durkheim, a exemplo de Augusto Comte, traz para uma perspectiva racional e
científica a análise social, a filosofia e a sociologia, pois, segundo ele,
elementos passionais são prejudiciais ao exame científico. Em seu método, ele
propõe a chamada “ciência da realidade”, ou seja, a análise partindo das coisas
e então formulando-se a ideia, ao contrário do que ocorria na análise
ideológica, criticada por ele.
O ponto mais conhecido
da filosofia de Durkheim é o fato social, definido como tudo aquilo que exerce
domínio sobre o homem e é independente dele e de sua vontade particular, sendo
inerente às sociedades. A permanência da sociedade e de sua coerção sobre os
indivíduos é fundamental para a compreensão de Durkheim, porque, em sua visão,
os homens estão aprisionados às amarras impostas pela vida em sociedade e assim
permanecerão, mesmo que se isolem. Isso ocorre pois, desde o momento do
nascimento, o ser já é carregado de influências, de dogmas, estigmas e, melhor
exemplificando, de fatos sociais; e, as regras da sociedade são extremamente
coercitivas, o que só é notado, muitas vezes, ao tentar se livrar delas, o que
não é possível.
A partir da
ideia da sociedade prevalecendo sobre seus integrantes, é possível analisar
alguns ocorridos, em que os indivíduos se abstêm das normas pré-estabelecidas socialmente
e tentam solucionar conflitos partindo de seus ideais de justiça particulares.
No mesmo instante em que ignoram os fatos sociais coercitivos sobre eles, já
são coagidos por outros, em forma de punição, por exemplo. Isso é visível nos casos
dos linchamentos e atentados.
Maria Eduarda Tavares da Silveira Léo - diurno
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