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sábado, 12 de março de 2016

A razão como caminho

          René Descartes revela, em 1637,em sua obra "Discurso do método", uma nova atitude filosófica, o pensamento visto em um diferente ângulo, o qual contraria o senso comum e a certeza como absoluta verdade. Seu método científico, orientado pela razão e assentado em uma "moral provisória", buscava sobretudo a transformação do conhecimento, a partir da desconfiança em relação a demasiada convicção.Assim, utilizou a dúvida como princípio fundamental, a clareza como verdade e a razão como caminho.
           Em sua obra "Discurso do método", Descartes nos traz a assertiva de que "a razão não nos sugere que tudo quantos vemos ou imaginamos seja verdadeiro, mas nos sugere que todas as ideias ou noções devem conter algum fundamento de verdade". A partir disso, sua obra se torna muito importante também na atualidade.
           Ao se analisar o consumo exacerbado enaltecido, atualmente, pelo próprio homem, é preciso voltar a teoria de Descartes. Nossa sociedade é baseada nos signos de consumo, sucesso pessoal e promessas de felicidade colocadas pela mídia. Somos bombardeados por propagandas, imagens que nos influenciam e alienam, trazendo como verdade que o consumo é uma necessidade vital e que pode nos fornecer a total felicidade.
          Dessa forma, insere-se a necessidade da dúvida proposta por René Descartes. É preciso questionar, duvidar de tudo que é nos mostrado. Para ele, nem tudo o que vemos é verdadeiro, sendo que nossos sentidos podem nos enganar.Assim, em frente a diversas propagandas com situações utópicas de felicidade e promessas de sucesso, se faz necessária a dúvida e a desconfiança, para desconstruir essa coercitividade estabelecida. Com o uso da razão, podemos examinar a verdade, e evitar que sejamos produtos das nossas próprias vontades.


Gabriela Guesso Pereira
1º ano Direito diurno

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